sábado, 2 de abril de 2016

DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO!

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2008, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, lembrado no dia 2 de abril, tem por objetivo mostrar a população o que realmente é esse transtorno, muitas vezes tratado como doença. No Brasil e no mundo ainda faltam informações acerca do autismo, considerando que conceitos ultrapassados, teorias errôneas, preconceitos e mitos ainda predominam quando se fala sobre o distúrbio.
 
transtorno recebeu o nome de autismo, vindo do grego “autós” que significa “de si mesmo” e foi inserido na literatura psiquiátrica em 1906, por Plouller, porém, somente em 1911 foi que o médico Eugene Bleuler difundiu o termo e o definiu como sendo “uma fuga da realidade”. Bleuler, ainda, utilizou o termo autismo para se referir ao quadro de esquizofrenia.
 
Em 1943, o psiquiatra Leo Kanner estudou um grupo de 11 crianças que apresentavam inabilidades de relacionamento interpessoal, extremo isolamento desde o início da vida, falha no uso da linguagem para comunicação, entre outras características. Segundo o psiquiatra o autismo era causado por pais altamente intelectualizados, emocionalmente frios e com pouco interesse nas relações humanas da criança.
 
A partir de diversos estudos, evolução nas pesquisas e comparações com outros distúrbios como o transtorno de Asperger, o autismo foi descrito não como um distúrbio do contato afetivo e sim como um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Em 1976, Lorna Wing, apresentou que os autistas demonstravam déficits específicos em três áreas: imaginaçãosocialização e comunicação – chamado de Tríade de Wing.
 
Além do autismo, também são considerados Transtornos Globais do Desenvolvimento:
 
- Transtorno de Rett
- Transtorno Desintegrativo da Infância
- Transtorno de Asperger
- Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação
 
Os TGD são grupos de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Estas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do sujeito, em todas as ocasiões.
 
autismo, então, é um transtorno definido por alterações que ocorrem antes dos três anos de idade, caracterizadas por mudanças qualitativas na comunicação, interação social e utilização da imaginação.
 
Estudos epidemiológicos apontam que o autismo tem taxa de prevalência de 15 casos a cada 10.000 indivíduos, variando, em relatos, de 2 a 20 casos pela mesma quantidade de indivíduos. O Brasil não possui estatísticas oficiais sobre a prevalência do distúrbio e ainda não é acordado se as taxas mais altas relatadas refletem divergências nas metodologias de estudo ou por um crescimento da frequência do autismo.
 
Observa-se que pessoas do sexo masculino tem mais probabilidade de desenvolver o TGD, estudos apontam que pode atingir três a quatro meninos para cada menina, sendo que quando afeta o sexo feminino a tendência é ser mais grave. Não existe prevalência em algum grupo social, cultural ou racial, o autismo pode se apresentar independentemente de qualquer dessas características, porém, fatores biológicos estão implicados na etiologia do transtorno, embora o autismo ainda não possua um marcador biológico específico.
 
Apesar dos fatores genéticos estarem intrínsecos ao desenvolvimento do autismo, algumas linhas de investigação também apontam que determinantes ambientais também exercem papel importante para tal. 
 
Descobertas recentes apontam que existe a possibilidade de que o autismo possa ser causado por uma interação gene-ambiente.
 
 
 

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