segunda-feira, 9 de maio de 2016

QUAL O VALOR DA APARÊNCIA PESSOAL?


Alguns dizem que beleza não põe mesa. Outros pedem perdão às feias, já que ser bonita é fundamental. Mas como é que fica essa discussão no mercado corporativo põe mesa, outros acreditam que as feias devem perdoar, mas beleza é fundamental. Qual dessas duas máximas seria verdadeira para o mundo corporativo? Contrariando o comentarista Arnaldo Cezar Coelho, nesse caso, a regra não é nada clara. Enquanto algumas admitem, a contragosto, que a bela aparência impulsionou o crescimento profissional de alguma forma, outras falam exatamente o contrário: a beleza foi mais um obstáculo a ser vencido na busca por um espaço no mercado. Mas um porém: beleza não pode ser definida somente por um rosto bonito e um corpo bem feito. Consultores são unânimes ao afirmar que a tão falada boa aparência está ligada também ao quanto a pessoa gosta do seu jeito de ser, de sua vida e sua carreira.
Pesquisa realizada pelo Instituto Gallup, com 5 mil homens e mulheres, entre 18 e 64 anos, do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Austrália e França, mostra que os brasileiros consideram a aparência importante. Dos entrevistados em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife, 61% consideram a atração física muito importante para prosperar na sociedade contra 26% dos outros países. Os brasileiros são os que mais aceitariam submeter-se a tratamentos estéticos (75%), os Estados Unidos vêm em segundo lugar com 41%. Vale lembrar que o Brasil tem a renda per capita quase dez vezes menor que a americana. Em 2002, o mercado de produtos de higiene, pessoal, perfumaria e cosméticos nacional atingiu um crescimento real de 7,4%, enquanto a indústria teve queda de 1,5%.
- A beleza não vai determinar o sucesso profissional de ninguém, mas para mim não há dúvida de que pessoas bonitas têm mais facilidade em processos seletivos. Basta ver as equipes de trainees ou estagiários de grandes empresas. Normalmente, há muita gente bonita. E sempre dentro daquele protótipo mais comum: magro, pele clara, traços do rosto finos. As pessoas procuram não só gente bonita, mas uma beleza padrão, que não seja exótica ou diferente. Creio que isso está ligado à dificuldade que as pessoas têm de lidar com o diferente. Todos os consultores de recursos humanos sabem que os gordos têm menor chance de arrumar um emprego, e há livros que até indicam regimes para as pessoas que estão procurando uma colocação - avalia a consultora Silvina Ramal, acrescentando que, no entanto, as pessoas carismáticas têm mais chance em um processo seletivo.

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