quinta-feira, 6 de outubro de 2016

BLOG FAMÍLIA : PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO AMOROSO!... COMO RESOLVER?













                                                      





                                                          Por  |

                                                                                                              





                                                                                                                    
                                                    





















Olá amigos!




Quando Pedro e Raquel chegaram ao consultório para a primeira consulta de terapia
 de casa,eles mal estavam conversando. Com o semblante triste, ela 
começou explicando que a terapia
 de casal era a última tentativa para que o casamento desse certo. 
Tanto ele como ela sentiam 
que já não formavam um casal, que estavam distantes um do outro e, além disso, 
como as brigas
 eram constantes, estavam se perguntando se ainda valia a pena continuar. 
O fato de terem filhos,
 claro, pesava na decisão, assim como terem que passar por um longo processo para 
dividir os
 bens, caso a separação ocorresse.


Mas o que mais perturbava o casal era o fato de que eles pareciam 
não falar mais a mesma língua.
 Como se ela falasse português e ele falasse norueguês. Com o tempo, 
não existiam mais conversas,
apenas palavras trocas entre os gritos e berros das discussões.
O principal problema dos relacionamentos amorosos

Com o progresso da terapia, ficou claro para Pedro e Raquel que o problema
 principal de seu relacionamento era a comunicação. Ou melhor, a falta da 
comunicação junto de uma comunicação
 deficiente, falha, equivocada.

Por exemplo, alguns dias antes de terem chegado ao consultório, Raquel
 tinha se decepcionado novamente com seu marido pelo fato de ele não
 querer conversar sobre o próprio relacionamento.
 Para ela, o silêncio era uma falta de respeito que implicava que ele não tinha
 o menor interesse nela e no casamento. Para Pedro, discutir a relação era algo 
detestável, porque de todas as vezes em que ele tinha concordado em conversar, 
as conversas tinham virado brigas e nada
de bom havia saído dali.


Ainda estava em sua memória o dia em que voltavam para casa, depois de
 um jantar com amigos, e ele estava feliz e animado e queria conversar com 
ela sobre a possibilidade de mudarem de cidade em virtude da nova oportunidade
 de trabalho. Enquanto para ele, a
 perspectiva de mudança seria ótima para todos, por causa do salário maior, Raquel
somente via que ia perder o contato com sua família e amigos e pensava que a simples
 de ideia de mudar era uma afronta dele contra ela.

Com o tempo de terapia, portanto, ficou claro para os dois que o principal
 problema residia na comunicação. Como não conseguiam manter um diálogo 
franco e aberto, cada um ficava imaginado (e a palavra imaginando tem que ser
 frisada aqui) o que o outro estava pensando.
É o que chamamos na psicologia cognitiva de leitura da mente. Embora possa dar certo, na
 maioria das vezes a nossa leitura do que está passando pela cabeça da outra pessoa é
incompleta, quando não totalmente errada.

Quando queria falar da perspectiva de um novo salário, Pedro tinha em mente que a
família teria uma melhor condição de vida e ao olhar para Raquel e vê-la triste e distante,
ele não conseguia compreender o que ela pensava e começou a pensar que ela não poderia
 ficar feliz com o seu crescimento profissional e até que ela não se importava com o bem estar
 dele e dos filhos. Ela, por sua vez, em sua tristeza calada, interpretava o jeito dele como egoísta,
como se ele não se importasse com o que ela teria que abrir mão, a presença dos amigos e familiares.

Ora, o que torna a comunicação a grande questão deste casal – assim como a grande questão
 para a maioria dos casais em crise – é que os reais motivos não são ditos. Ele não chegou a
 dizer que o novo trabalho representaria uma vantagem para toda a família, enquanto ela não
disse que sentiria falta das pessoas próximas. Tanto ele como ela apenas ficaram imaginando
 o que o outro estava pensando. E adivinhem: ficaram imaginado errado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário