terça-feira, 23 de maio de 2017

CAFÉ DEPATRÃO...É "TREMBÃO" UMA PRODUÇÃO DO NOSSO VIZINHO DA IUGOSLÁVIA!





 Brigílio é nosso vizinho. O café dele é o que se chama em Minas Gerais de "Trem bão"!
Um café colhido no pano ou na peneira com aroma adocicado de mel. Lembrança dos tempos em que Londrina era conhecida por ser a capital mundial do café, de um jeito antigo de fazer uma bebida bastante apreciada não somente pelo londrinense, mas pelo brasileiro de um modo geral. É o que se convencionou chamar de café gourmet, segmento que tem crescido nos últimos anos. Esse é o diferencial de Brigílio Marcos, proprietário da marca Café Depatrão, variedade arábica plantada, moída e torrada ali no Distrito de São Luís, na zona sul da cidade.
Brigílio explica que o café arrancado do pé solta uma espécie de mel que, se caído no chão, se perde. “Colhido na peneira e no pano é um diferencial de higiene e de valor. Porque quando arranca os grãos do café maduro com a mão, solta um mel. Quando cai na terra, na poeira, aí seca e perde”, diz. Já colhido no pano ou na peneira, o processo é diferente. “Mistura com o café e fica bem gostoso.” Dessa forma, o grão mantém certa doçura. “Se leva o café sem poeira, fica um cheiro meio adocicado. Dá até para tomar sem ou com pouco açúcar.”
O café caído no chão também é reproveitado. “Para fazer um café de segunda qualidade. Para esses não tenho embalagem. Costumo vender para empresas que querem um café puro melhor que os cafés de supermercado”, conta.
Aliás, é essa a grande diferença entre o vendido em grãos e o pó de café encontrado no supermercado. “Hoje em dia mistura muito com trigo ruim torrado, palha torrada e milho. Mói tudo no meio.” A mistura de outros grãos moídos imperceptíveis a olho nu deixaria, segundo Brigílio, o pacote barato no supermercado.
“Por isso que o café torrado é mais barato que o café cru.” De acordo com ele, o café em grão é vendido a aproximadamente R$24 o quilo, enquanto o torrado e moído sai por R$13 o quilo. “É porque no moído você não vê a matéria-prima”, justifica.
No Distrito de São Luís, Brigílio mantém 70 mil pés de café na chamada Fazenda Santa Terezinha, além de outros 6 mil pés em Apucarana, onde essa semana ele foi entregar alguns grãos a um amigo. “Tenho uma área em São Luís com espaço para plantar 6 mil pés de café novo, mas não tem gente para trabalhar. Está difícil.” Ele está no ramo desde 1995, mas a marca Café Depatrão existe há três anos.
Toda a produção é da variedade arábica. Cada unidade é vendida a R$8 diretamente ao consumidor, que pode encontrar preços que variam entre R$10 e R$12 em supermercados e padarias. “Estou com o café no Super Muffato da Duque de Caxias e da Madre Leônia, além do Armazém Santa Ana, atrás do Carrefour; do Terra Brasilis, no Mercado Shangri-Lá; e do Gramado Sementes, em frente à prefeitura.” Mesmo assim, quem tiver interesse entrar em contato pelo telefone (43) 9994-2110.



O café já está famoso até em outros lugares por aí. “Tem pessoas que vêm buscar de Francisco Beltrão, Arapongas, Maringá e Apucarana. E até de outros países, gente que vem passear em Londrina da Inglaterra, Finlândia, Polônia, Itália e Croácia.”


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