A história está cheia de ditadores que governaram através do medo e da violência, e dos quais não queremos nem lembrar. Mas, da mesma forma que um relógio quebrado está certo duas vezes ao dia, alguns dos ditadores mais infames ocasionalmente fizeram coisas boas para os países que lideraram.Isso não significa que estão desculpados pelas atrocidades que cometeram, é claro. No entanto, esse é um lembrete de que nada na vida é tão simples, e de que ninguém é somente bom ou mau.Confira:.
10. Hitler liderou uma das primeiras campanhas contra o cigarro
Adolf Hiltler criou um programa de saúde que salvou, estima-se, a vida de 20.000 mulheres. Claro que essa conquista perde um pouco de seu brilho tendo em vista que o mesmo cara ordenou o assassinato em massa de pelo menos 11 milhões de pessoas que ele considerava indesejáveis, incluindo judeus, homossexuais, ciganos, comunistas e deficientes.
9. Genghis Khan introduziu leis e liberdade religiosa
Genghis Khan correu toda a Eurásia destruindo impérios antigos e matando um número estimado de 40 milhões de pessoas. Mas ele não era apenas um ditador maníaco – ele tinha a intenção de construir uma nação mongol, e tomou certas decisões importantes em direção a esse objetivo.1208, ele capturou um escriba chamado Tatar-Tonga, que adaptou o alfabeto Uygur para criar o primeiro alfabeto do idioma mongol. Genghis também criou um código legal e o aplicou em todo o seu império. Surpreendentemente, Genghis insistiu em que essas leis deveriam aplicar-se a ele também, bem a como seus súditos. Em um mundo onde monarcas e outros governantes se consideravam acima da lei, este foi um passo à frente incrível (seus herdeiros quase imediatamente desistiram dessa ideia, no entanto).Por fim, concedeu liberdade religiosa a todos dentro de seu império e ofereceu isenção fiscal a locais de culto. Ele era conhecido por ser muito espiritual, rezando antes de campanhas e discutindo religião e filosofia com estudiosos como o taoísta Qiu Chuji.
8. Ashurnasirpal deu a maior festa da história para seu povo
Ashurnasirpal II foi um poderoso rei assírio que governou de 883-859 aC. Ele também amava esfolar rebeldes vivos. Em um exemplo, ele orgulhosamente se gabou de que ter esfolado muitos nobres que se haviam rebelado contra ele, colocando suas peles sobre uma pilha de cadáveres. O rei também era conhecido por queimar seus inimigos vivos, arrancar seus olhos, ou deixá-los no deserto para morrer de sede. Mesmo para os padrões da época, isso era um pouco excessivo.
Mas Ashurnasirpal não era apenas um psicopata esfolador. Ele também podia ser bastante generoso com seus súditos. Entre outras coisas, o ditador deu possivelmente a maior festa do mundo antigo. O festival tinha como objetivo comemorar a criação de uma nova cidade chamada Kalhu. De acordo com inscrições assírias, cerca de 69.574 pessoas foram convidadas a partir de todo o império e além.
Durante 10 dias, Ashurnasirpal deu-lhes comida, bebida, banho, antes de enviá-los de volta para suas terras em “paz e alegria”. Até mesmo o menu sobreviveu, listando 1.000 bois, 14.000 ovelhas especialmente importadas, 10.000 peixes, 10.000 ovos e 500 gazelas. Curiosamente, estudiosos notaram que Ashurnasirpal não tinha qualquer necessidade política para fazer o festival. Nenhum outro governante assírio fez coisa semelhante. O monstruoso rei provavelmente só queria mostrar sua nova cidade e dar uma grande festa.
7. Gaddafi iniciou o maior projeto de irrigação do mundo
Muammar Gaddafi tomou o poder em um golpe de estado em 1969. A Líbia tornou-se um pesadelo, onde os inimigos do seu regime eram regularmente presos e assassinados. Mesmo fugir para o exterior não ajudava, já que Gaddafi tornou-se conhecido por enviar assassinos atrás de dissidentes líbios exilados. Ele também era um entusiasta do terrorismo. Mais notoriamente, agentes líbios foram responsabilizados pelo bombardeio do voo 103 da Pan Am, que explodiu sobre Lockerbie, na Escócia, matando 270 pessoas.
Gaddafi foi destronado em 2011, deixando um país devastado pela guerra civil. Mas ele não só fez mal para o povo da Líbia. Sob a sua liderança, os líbios ganharam ensino gratuito, saúde e eletricidade, além de habitação e transporte subsidiados. Por outro lado, a Líbia era um país de seis milhões de pessoas e US$ 32 bilhões em receitas de petróleo anuais, mas ainda ostentava 30% de desemprego e pobreza generalizada. Com esse contexto, os programas sociais de Gaddafi parecem menos como a generosidade do governo e mais como o mínimo necessário a ser feito em uma nação onde a elite engolfava bilhões de dólares.
6. Fidel Castro revolucionou a saúde e a educação de Cuba
Depois de tomar o poder em 1959, Fidel Castro transformou Cuba em uma ditadura de partido único, forçando dezenas de milhares de cubanos ao exílio, executando vários dissidentes e jogando muitos outros na prisão. Seu governo é considerado um dos piores violadores dos direitos humanos que já existiu.
6. Fidel Castro revolucionou a saúde e a educação de Cuba
Depois de tomar o poder em 1959, Fidel Castro transformou Cuba em uma ditadura de partido único, forçando dezenas de milhares de cubanos ao exílio, executando vários dissidentes e jogando muitos outros na prisão. Seu governo é considerado um dos piores violadores dos direitos humanos que já existiu.
Tão deplorável quanto o governo de Castro foi, ele pode gabar-se de alguns progressos genuínos. Por exemplo, os EUA e Cuba têm expectativas de vida mais ou menos iguais, apesar do gasto americano ser 20 vezes maior per capita em cuidados de saúde. Isto pode ser atribuído ao sistema de saúde nacional de grande sucesso posto em prática por Castro, apesar do fato de que metade dos médicos de Cuba fugiram do país imediatamente depois que ele assumiu o poder.
Em 1959, quase um quarto da população adulta de Cuba era analfabeta. Hoje, o analfabetismo adulto é quase inexistente. Ainda, depois da revolução, o regime de Castro deu terreno a agricultores sem-terra, criou novas habitações para substituir favelas, e introduziu um sistema de educação universal.
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