segunda-feira, 7 de agosto de 2017

COLUNA DO LEITOR- JOÃO CARLOS O PAJÉ-KAINGANG " CONHECENDO REMÉDIOS DA NATUREZA"






     Conversei com um Pajé - índio kaingang João Carlos.

É bom lembrar que o índios do Brasil já ocupavam essas terras muito antes do ano 1500, somavam milhões de pessoas de inúmeras etnias, com culturas e hábitos de vida em harmonia com a natureza. Entretanto, após o “descobrimento desta terra” os indígenas sofreram a imposição cultural eurocêntrica dos colonizadores, que transformou suas vidas. O custo desta mudança contabiliza a vida de milhares de indígenas, a extinção de muitas etnias, e a incapacidade de impedir tamanha devastação. Contudo, muitos indígenas estabeleceram novas estratégias de adaptação, fortaleceram sua luta pelo direito de preservar sua identidade, e, nos dias de hoje, somam mais de 200 etnias e 800 mil pessoas (ISA, 2015)


Os kaingans eram habitantes das terras da região de Londrina  muito antes da chegada do homem branco nesta região. Foram “colonizados e pacificados” no período de 1.770 a 1.930. A partir daí, tiveram seus territórios expropriados e o contato se estabeleceu de forma desigual. Perderam sua autonomia enquanto grupo, viram-se privados de seus saberes e de seus amplos territórios de caça e pesca, passando a viver em aldeamentos controlados por administradores brancos, missionários e civis.
    A Terra Indígena do Apucaraninha, onde está situada a aldeia, ocupa a porção sudoeste do Município de Londrina, sendo limitada ao norte pelo Rio Apucaraninha, ao sul pelo Rio Apucarana, a leste pelo Rio Tibagi e a oeste por de alguns rios pequenos, estradas, represas e cortes aleatórios.
    Atualmente a economia dos Kaingáng baseia-se em três atividades fundamentais: agricultura de subsistência, assalariamento temporário e o comércio de artesanato. Este sistema foi deflagrado na medida em que os avanços da frente de expansão da economia brasileira sobre o entorno da Terra Indígena se estabeleceu, ocasionando de forma contundente, grandes transformações sócio/culturais, ambientais, epidemiológicas e econômicas no interior desta sociedade.
    A comercialização de balaios e cestas surgiu como uma alternativa da garantia de sobrevivência, e sua fabricação para este fim, tem sido cada vez mais intensificado, constituindo uma importante fonte de obtenção de renda para as famílias Kaingáng.
    A Terra Indígena do Apucaraninha está sob a jurisdição da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) – administração regional de Londrina, órgão responsável pela tutela indígena e também pela Fundação Nacional de Saúde que a partir de 1999 passou a ser o órgão gestor da saúde indígena em todo o Brasil.
    A população indígena do Apucaraninha atualmente soma aproximadamente 1.300 pessoas, em um total de 350 famílias. Todos os Kaingáng falam a língua materna, sendo as crianças até sete anos de idade, estritamente monolíngues. Entre jovens e adultos existe o domínio do português, ainda assim, usam preferencialmente a língua materna.
    A Prefeitura de Londrina, através da coordenação da Secretaria Municipal de Assistência Social, integrada com outras Secretarias Municipais: de Saúde, Educação, Cultura, Meio Ambiente e Agricultura, vem desenvolvendo um Programa de Atendimento aos Kaingáng desde 1.993.
    





 Estive hoje de manhã no calçadão de Londrina e pude entrevistar o Sr.João Carlos, índio da tribo Kaigang.

Ele vende ervas medicinais que curam todas as doenças : veja a exposição de coisas boas da natureza.
Qualquer problema de saúde pode se tentar a cura pelas ervas e plantas que Deus espalha por este mundo afora.
Até conversamos pela existência de uma pequena árvore que dá na beira do rio e que os índios batem nela, deixa-a moída e sai um caldo que as mulheres tomam e podem ficar inférteis por um ano.
Eu perguntei:
Senhor João  porque que os laboratórios não tentam comercializar este remédio tão útil as mulheres.
Ele respondeu com seu conhecimento de natureza...
João Carlos disse:
- Não é só neste caso não...há outras plantas que bem pesquisas e produzida pode curar diabetes, colesterol , problemas de coração e por que não o câncer.
Por quê não legalizar a comercialização?
João Carlos disse:
Não interessa as multinacionais... que deixarão de ganhar muito dinheiro com os remédios produzidos e vendidos nas farmácias.

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