Uma bela jovem Heloísa Eneida de Menezes
passava pela Rua Montenegro, em Ipanema, às vezes indo à praia, vestindo o
maiô de duas peças confeccionado por sua
avó, às vezes indo ao ponto de
ônibus, vestida de normalista, seguindo para o Instituto
de Educação.
Jamais podia imaginar que na esquina
da Montenegro com a Prudente de Morais, no Bar Veloso, os intelectuais
e músicos se reuniam para bater papo, beber e filosofar.
Dentre eles estava Tom Jobim que a viu
passar e se encantou e ficou maravilhado por seu modo de andar e comporia em
sua homenagem, e em parceria com Vinícius de Morais, a Música Garota de
Ipanema.
Hoje, aos 70 anos, Helô Pinheiro diz que
tudo isto mudou sua vida e como é difícil carregar este título.
"A canção foi feita em 1962 e, em 1965, explodiu no mundo inteiro. Nesse momento, todas as meninas queriam ser a Garota de Ipanema e apareceram várias que disseram ser ela", lembrou Helô, que também explicou que, na época, Vinicius pensou que era o momento certo de "revelar a autêntica Garota de Ipanema".
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ah, por que estou tão sozinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor
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