Por Bruno Izaías da Silva ao Blog do Osvaldo:
O Coronelismo é uma prática na política brasileira, um comportamento social e político prejudicial e recorrente. Se caracteriza pelo controle da política por um pequeno grupo de privilegiados que definem os rumos políticos de uma cidade ou região, utilizando-se muitas vezes de meios ilegais.
Voto de cabresto, forma utilizada para perpetuação do Coronelismo. Ilustração: Storni [domínio público], via Wikimedia Commons
Essa prática tem suas raízes na colonização do Brasil, desde o momento que os primeiros capitães donatários foram escolhidos para ter a posse de grandes quantidades de terra, as capitanias hereditárias, controlando-as sem nenhum tipo de regulação. Eram portanto grandes proprietários rurais com poderes absolutos.Esses coronéis exerciam, inclusive acima da lei, a autoridade de fato em sua “jurisdição”, que podia ser um vilarejo, uma pequena cidade, ou mesmo toda uma região. Sua palavra não poderia ser questionada, e a sua vontade política deveria prevalecer sempre. Essa autoridade exercida de fato há tanto tempo passa a ser considerada “de jure” quando são conferidas a esses coronéis as distinções da Guarda Real, que os transformou em coronéis, no fim da monarquia. Com isso, se forma e fortalece uma elite agrária investida de autoridade que passa a dominar a política do país, ditando os rumos da nascente República. Com isso, surge a “oligarquia” rural, palavra que designa o governo de poucos.
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