domingo, 18 de julho de 2021

CRÔNICA DO OSVALDO RIBEIRO: " ESPIRRO EM PÚBLICO É AMEAÇA SANITÁRIA! "

 






Vacinado em duas doses, distanciado, usando máscara , passei vergonha numa fila de caixa de um supermercado de Floripa, em Canasvieiras, quando comprava algumas coisas. Segurei, disfarcei mas não adiantou nada. De repente, comecei a espirrar. Que feio. Começa por uma comichão no nariz, anunciando algo que vem e não tem jeito não. É algo que não leva mais que três segundos, mas, que demora passar. Dá-se então, aquele som ruim. O problema é que é quase impossível espirrar sem fazer barulho.  As pessoas na fila viraram o rosto levando as mãos ao rosto. E, mesmo que o espirro respeite os protocolos da pandemia, o fulano se prepara para se proteger. Mas outros são apanhados de surpresa. O espirro abafado por uma máscara não abafa o som do espirro.

Explodiu, então, o espirro —ou espirros, porque todo espirro vem em pares. Todos da fila escutaram e se preocuparam. Com razão: um espirro em público nos dias atuais é temeroso. Sabe-se lá se, apesar da proteção da máscara, um  vírus não escapou pela trama e povoou o ambiente?

Vexado, sentindo-me uma ameaça sanitária, paguei rapidamente a compra e tentei sair de fininho, esperando que a máscara me garantisse o anonimato. Mas que nada. Um cara, meu conhecido de longa data, antigo morador de Londrina, lá no fim da fila, quase perto da porta, gritou solidário:

“Saúde, Osvaldo!”.

 

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