Nos bons tempos levados pelo tempo a maioria dos homens não conseguia viver sem poesia. Hoje se falar que gosta de flores e adora poesia é imaginado como afeminado. Éramos apaixonados e sonhávamos pensando poeticamente na pessoa amada. Quantas vezes em quermesses em pequenas e grandes cidades, também em zona rural, defronte da igrejinha tínhamos os "correios elegantes" passando palavras bonitas entre pessoas que se gostavam. Inocentes como as flores, o homem antigo usavam as palavras que ainda existem e escreviam lindas cartas de amor. Que gostoso rever o que passou através de álbuns de fotografias e falar olha eu ali, olha meus amigos na foto. O homem antigo carrega o passado no coração e quando vê alguém de longa data, para, suspira, sorri e se alegra em ver um pedacinho do passado que sumiu no tempo. Ele lembra claramente dos tempos em que a poesia era sua companhia. Esse homem antigo caminhou por muitos caminhos. Ele canta as canções perdidas no tempo, quando o tempo ainda existia. O homem antigo colhe nos detalhes ficados de sua própria memória como se fosse uma fotografia de si mesmo. O homem antigo ainda acredita que as pessoas não podem viver sem poesia. Quem se lembra da foto da primeira namorada, atrás do retrato a frase: "Enquanto esta o acompanha a mesma pensa em ti", "Nunca esqueça que eu não te esqueço"...É sou alguém daqueles tempos... em que as mulheres eram "deusas" merecedoras de todos os elogios e expressão da poesia... "direi aos seus ouvidos de uma vez...não há pintor que retrate os seus encantos porque a natureza gastou o que tinha em você"...bem diz uma melodia daqueles tempos que ficaram como cinzas do passado num cantinho abandonado!
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