quinta-feira, 12 de maio de 2016

BLOG HISTÓRIA: KEVIN CARTER E O RETRATO DA FOME E INJUSTIÇA NA ÁFRICA!


O fotógrafo sul-africano Kevin Carter retratou durante toda sua carreira, o lado mais cru da África como a fome e a injustiça. Carter nasceu na época do Apartheid na África do Sul, e via durante sua infância que a diferença entre os meninos negros e ele, um menino branco, era abismal.
Tornou-se jornalista e a câmera virou sua arma, para lutar contra o Apartheid. Tatuou a imagem do continente africano em seu braço pálido e saiu em busca de fotografias que pudessem fazer o mundo enxergar que, o que estava acontecendo dentro e ao redor de Johannesburgo, estava muito mais além do que se via em guias de viagem para turistas.

Em 1984, o Jornal The Star Johannesburg o contratou e enviou Carter imediatamente para a periferia da cidade, para um gueto, onde jovens militantes negros que estavam fazendo uma revolta contra a opressão do governo em evitar uma transição democrática normal.
A violência explodiu na periferia, e Carter considerava incompreensível as diferenças. Na cidade a calmaria e desinteresse e nos guetos a violência generalizada.
Johanesburgo era envolta em uma bolha hipócrita, e o jornalista queria romper essa bolha com suas fotos, e não hesitava em retratar o mais fielmente possível o que estava acontecendo fora dos holofotes e ruas limpas da cidade.
Morte, destruição, sangue, violência desenfreada, os guetos foram tomados pela anarquia degenerada, que aumentou ainda mais quando Nelson Mandela foi libertado da prisão, em um gesto radical que muitos erroneamente entenderam como um sinal para lutar até o fim.


Em 1990, Carter e outros fotógrafos montaram um grupo chamado "Bang Bang Club". Eles não hesitavam em ir onde havia tiros, coquetéis de fogo e corpos de pessoas espalhados.
Aguns os consideram corajosos defensores da liberdade, outros os acusam de inconscientes, mas isso é história.

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