sexta-feira, 3 de junho de 2016

HAJA PACIÊNCIA...ESTADO TERÁ MAIS SEIS MESES PARA CONCLUSÃO NA OBRA DE DUPLICAÇÃO!


Análise do viaduto da Dez de Dezembro será feita no final dos trabalhos

Discussão sobre problemas nas obras da rodovia reuniu representantes do MP, DER, Ceal, Câmara e Prefeitura de Londrina

A empresa contratada para realizar a perícia em trechos da obra de duplicação da PR-445 deu início aos trabalhos na manhã de ontem. De imediato, o diretor da Egel Engenharia, Eduardo Dell’Avanzi, constatou que a situação do viaduto no cruzamento com a Avenida Dez de Dezembro é a mais preocupante. O engenheiro civil, especialista em geotecnia, também vistoriou as obras da trincheira construída no acesso à Avenida Guilherme de Almeida e o viaduto com a Waldemar Spranger.
Durante a tarde, Dell’Avanzi participou de uma reunião com representantes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), do Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal), da Câmara de Vereadores e da Prefeitura de Londrina. O convite para o encontro partiu do promotor de Defesa dos Direitos e Garantias Constitucionais, Paulo Tavares. O objetivo era formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a realização de reparos nas obras. No entanto, pequenas alterações no documento foram sugeridas durante a reunião e o TAC deve ser assinado somente nos próximos dias.
O documento definiu prazo de 60 dias para a realização da perícia nas obras e de seis meses para a execução das melhorias. Em caso de descumprimento, está prevista a aplicação de uma multa diária no valor de R$ 5 mil.
Os três trechos de duplicação da rodovia deveriam ter sido entregues em 2014. No entanto, apenas as obras de um dos trechos, entre a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Cambé, foram concluídas no final de 2014. No entanto, motoristas constataram ondulações na pista e foi necessário realizar reparos logo após a entrega.
Rachaduras e falhas na estrutura foram identificadas nos demais trechos construídos pela empresa Sanches Tripoloni entre o Conjunto Jamile Dequech e a UEL. Profissionais do Ceal também apontaram falhas técnicas na duplicação que poderiam comprometer a segurança da obra. Os problemas foram levados à Justiça, as obras foram paralisadas e o DER contratou a empresa de Curitiba para a realização da perícia. A morte do superintendente regional do DER, José Ferreira Heidgger, que acompanhava de perto a execução das obras, e a saída do coordenador da Região Metropolitana de Londrina (Comel), Vitor Hugo Dantas, que também estava à frente dos trabalhos, comprometeram a continuidade das discussões.
Com a realização da perícia, a expectativa é que as obras caminhem para a finalização. "Vamos avaliar as características hidromecânicas do solo, vamos elaborar modelos numéricos que façam uma previsão do comportamento das estruturas lá construídas e nós iremos chegar no motivo dos deslocamentos das estruturas. A partir disso, nós saberemos quais ações poderemos tomar para garantir a estabilidade e a segurança no local", ressaltou Dell’Avanzi, responsável pela perícia.
Os trabalhos terão início na trincheira de acesso à Avenida Guilherme de Almeida. Em seguida, a perícia será realizada no viaduto no cruzamento com a Waldemar Spranger. A análise do viaduto da Dez de Dezembro será feita no final dos trabalhos. Com isso, a expectativa é agilizar a liberação do tráfego nos dois primeiros trechos. "A partir do momento que o profissional analisar que não há problema nenhum e que a obra está estável, ele já vai tratando com o Ministério Público para a liberação parcial do tráfego para viabilizar à população esse conforto", explicou o diretor técnico do órgão, Amauri Cavalcanti.
A perícia contratada pelo DER vai custar R$ 291 mil. Segundo ele, os reparos serão feitos pela construtora Sanches Tripoloni sem custos adicionais ao governo do Estado. "Se o DER tivesse, no ano passado, reconhecido essas irregularidades e essas irregularidades estivessem sendo corrigidas, nem seria necessário o Ministério Público provocar o Poder Judiciário para paralisar as obras diante da insegurança apontada pelo Ceal", lamentou o promotor Paulo Tavares.
O último prazo dado pelo DER para a entrega das obras venceu no final do mês passado e já foi prorrogado para setembro. Porém, o Termo de Ajustamento de Conduta já prevê a conclusão dos trabalhos apenas no início do ano que vem.
O secretário municipal de Obras, Valmir Matos, também aproveitou o encontro para lembrar de problemas relacionados à drenagem da água da rodovia, que agora escoa em direção aos bairros, causando transtornos aos moradores e a necessidade de melhorias nas vias marginais da PR-445, que são utilizadas para o desvio do tráfego durante a execução das obras. No entanto, essa discussão ficou para um segundo momento.

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