quarta-feira, 1 de março de 2017

BLOG CULTURA : O QUE É PARADOXO?


                      Paradoxo é o oposto do que alguém pensa ser a verdade ou o contrário a uma opinião admitida como válida. Um paradoxo consiste em uma ideia incrível, contrária do que se espera. Também pode representar a ausência de nexo ou lógica.
A continuidade da produção científica de alto nível do Brasil está ameaçada pelos baixos indicadores que o país tem na área da educação. A divulgação científica tem um papel essencial para reverter esse quadro, acredita Roberto Lent, ganhador do Prêmio José Reis
A divulgação científica deveria ser considerada um elemento obrigatório da produção de universidades e centros de pesquisa. A sugestão é do neurocientista Roberto Lent, ganhador da edição de 2010 do prêmio José Reis – o mais importante do país nessa área. A proposta foi lançada na conferência que Lent apresentou para marcar o recebimento do prêmio durante a Reunião Anual da SBPC.
Lent, que é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e colunista da CH On-line, defende ainda que as iniciativas de divulgação sejam mais intimamente articuladas com o ensino básico.
Discrepância entre ciência e educação
Investimentos intensivos para aprimorar a educação fundamental, aliás, são apontados por Lent como uma medida essencial para se contornar o que ele chama de o nosso “grande paradoxo”. A produção científica brasileira tem ganhado destaque mundial nos últimos anos, mas o desempenho de nossos alunos em avaliações internacionais sobre ciências é pífio.
“Enquanto a ciência cresce, a educação patina”, sintetiza Lent. “Isso põe em risco o ciclo virtuoso de produção científica a que temos assistido. Quantos cérebros talentosos são perdidos porque não tiveram acesso à escola?”
O neurocientista apresentou ao público algumas ideias que poderiam ser discutidas com as autoridades para que se saia desse paradoxo. Segundo ele, medidas como a federalização do ensino básico, a implantação do turno único nas escolas e de um programa pós-curricular intensivo – que incluísse ações de divulgação científica – ajudariam a contornar o problema. “Não digo que isso seja simples ou possível, mas temos que enfrentar essa questão”, avalia

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