Quando
era criança, morando em Centenário do Sul, há muito tempo atrás, era pobre,
morando numa pobre casa de madeira, privada “casinha” no fundo do quintal, poço
de água salobra que era preciso ser retirada em baldes, puxando o sarilho,
quando os nossos braços doíam por causa do peso do líquido precioso que
trazíamos até em cima e levava para beber, fazer comida e nos lavar no banheiro
onde dependurado estava o “ralo” que nos molhava após ensaboado.
Nossos
brinquedos não eram da modernidade que estava atrasada, quem podia imagina o
que era Iphone, Wi, Play3, iPad, DSI,? Eu e meus amiguinhos brincávamos de
esconde-esconde e pega-pega. Imaginávamo-nos heróis que podiam até voar (andava
ralado e até quase quebrei um dedo nos meus vôos por cima dos muros). Só íamos
para casa para comer e dormir. Quando queria a gente dentro de casa, minha mãe gritava
... vem pra casa!
A gente brincava descalço, na terra, no barro, na
chuva .
Na escola me chamavam de careca, porque meu cabelo era raspado à máquina
zero.
Nós alunos tínhamos grandes respeito aos rofessores.
Quando se vaziam presentes alguns
visitantes na sala de aula, ficávamos respeitosamente em pé, quando iam embora, sentávamos, sem fazer algazarra. Como éramos uma
geração feliz e tínhamos a liberdade de brincar em espaços livres defronte nossas casas, campos de futebol ou nas ruas!
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