QUEENSLAND - Autoridades do Parque Marinho da Grande Barreira de Coral australiana (GBRMPA, na sigla em inglês) aprovaram a dragagem de três milhões de metros cúbicos de sedimentos do fundo marinho da faixa de corais, eleita Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1981. O material será retirado para a ampliação do terminal de Abbot Point, em Queensland, para a construção do que será o maior porto de carvão do mundo.
A decisão revoltou cientistas e ambientalistas, que já protestavam após a aprovação da medida pelo governo federal, em dezembro. A barreira abriga uma grande quantidade de biodiversidade, incluindo espécies vulneráveis ??ou ameaçadas de extinção, algumas das quais podem ser consideradas endêmicas para esse tipo de ecossistema.
Gerenciado pela North Queensland Bulk Ports e explorado pelo grupo indiano Adani, o porto está em funcionamento desde 1984 e serve, em grande parte, para a exportação de carvão. A dragagem do leito marinho permitirá a entrada de mais seis navios, aumentando a capacidade de exportação em 70 milhões de toneladas de carvão por ano, num valor entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,8 bilhões.
"A área de dragagem fica na zona exclusiva do porto e não dentro do parque marinho", afirmou a GBRMPA, responsável pela proteção do parque, em seu site. No entanto, o material retirado do fundo do mar será depositado a 25 quilômetros do porto, em área do parque.
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