Ao falar sobre mais um tabu, o papa disse durante a sua homilia que as pessoas que fracassaram em seus casamentos devem ser "acompanhadas" pela Igreja
O papa Francisco (Tony Gentile/Reuters)
O papa Francisco discursou nesta sexta-feira sobre mais um tabu da Igreja Católica. E, aos fiéis que acompanhavam a homilia em sua residência, a Casa Santa Marta, o pontífice afirmou que as pessoas que se divorciaram "não devem ser condenadas", mas, sim, "acompanhadas". Ao falar sobre beleza do casamento, Francisco disse que o amor "muitas vezes fracassa". "Sintam a dor deste fracasso, acompanhem as pessoas que sofreram este fracasso do próprio amor. Não condeneis, caminhai com eles", declarou.
O pontífice também aconselhou os fiéis a darem total apoio àqueles que optaram por encerrar o matrimônio. "Que lindo é o casamento, a família, este caminho e o amor. E quanta proximidade temos que dar aos irmãos e irmãs que na vida tiveram a desgraça de fracassar no amor", disse.
Os novos desafios da Igreja Católia perante as mudança nas famílias, entre elas o pedido para que possa ser concedido o sacramento aos que se divorciaram, foram alguns dos temas que pautaram as reuniões realizadas entre o papa Francisco, cardeais e bispos em preparação do Sínodo extraordinário de outubro. Assim como fez na cerimônia de nomeação dos novos cardeais, no último sábado, o pontífice orientou os fiéis a "não caírem na casuística" quando enfrentarem temas como o divórcio.
"Esta é a armadilha. Por trás da casuística há sempre uma armadilha que se volta contra as pessoas, contra nós e contra Deus", pontuou. O papa defendeu também a "beleza do casamento no qual o homem deixa seu pai e sua mãe e se une a sua mulher e em dois formam uma só carne", e assegurou que "Deus não quer o homem sozinho". Por fim, Francisco pediu para que não se fale de um "Cristo solteiro", pois "Cristo se casou com a Igreja e não se pode entender Cristo sem a Igreja e a Igreja sem Cristo".
Resguardo - O Vaticano informou que Francisco cancelou uma visita planejada a um seminário de Roma porque apresentou um leve estado febril. Essa foi a primeira vez que o pontífice desmarcou um evento público desde que substituiu o papa emérito Bento XVI, em 13 de março do ano passado. De acordo com o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, os médicos que examinaram o quadro de saúde de Francisco pediram para que ele ficasse em repouso.
(Com agências EFE e Reuters)
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