O prefeito Mauro Nazif decretou estado de calamidade pública em Porto Velho (RO), nesta quinta-feira (27), em razão da cheia história do Rio Madeira.
Pelo menos 2,3 mil famílias, o que representa cerca de 10 mil pessoas, fora de suas casas, na capital e em 14 distritos atingidos pelas águas, de acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel José Pimentel. A cota aferida pelo Corpo de Bombeiros no fim da manhã alcançou 18,60 metros – um aumento de cerca 8 centímetros a cada 24 horas, em média, nos últimos 10 dias. O nível já ultrapassou o registro de 1997, de 17,52 metros, quando ocorreu a maior cheia do Madeira.
Nazif revelou estudos que indicam um prejuízo de R$ 330 milhões, incluindo danos a prédios públicos, ao setor privado e ao meio ambiente. “São números assustadores e momentâneos”, afirmou o prefeito.
Somente na capital, há 1.047 pessoas nos 24 abrigos públicos da capital (escolas e paróquias), de acordo com registros da Secretaria Municipal de Assistência Social. “Chegamos à metade da tragédia. Temos informações seguras, de fontes como o Sipam [Sistema de Proteção da Amazônia], de que as águas continuarão subindo até meados de abril. Sinceramente, não acredito em estabilidade no nível do Rio Madeira antes desta data”, disse o prefeito de Porto Velho, que prevê um impacto negativo na arrecadação própria do município para até o fim do ano.
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