A queda nas exportações em Londrina foi maior que a registrada em todo o Paraná, que teve uma redução de 52% - de 1,27 milhão de toneladas no primeiro quadrimestre de 2013 contra 613 mil toneladas no mesmo período deste ano -, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento.
Produtor usa mercado de opções
O produtor Adilson Aparecido Francisco, 42 anos, é dono de 45 alqueires em Londrina e plantou milho para fazer rotação de culturas – mas só 40% da área estão ocupados com milho e os outros 60%, com o trigo. Neste ano ele fechou pela primeira vez contrato com mercado de opções para garantir o preço de 15% da produção de milho. “Com isso, a gente consegue amarrar um pouco o custo já que o mercado de milho está muito oscilante.” Segundo ele, o Mato Grosso está produzindo muito milho “e, quando chega a vez de o Paraná colher, o preço já caiu muito”. “Com o mercado de opções, garanto pelo menos uma parte com preço melhor.”
A redução das vendas ao mercado externo pode ser explicada pela queda no preço da commodity, que desestimulou os produtores rurais a investirem na cultura, reduzindo a área de plantio. Segundo a engenheira agrônoma e técnica responsável pelo milho no Deral, Juliana Yagushi, a safra 2012-13 foi atípica porque, em 2012, os Estados Unidos sofreram com a seca, que devastou a produção de grãos norte-americana.
“O mundo se voltou para o Brasil, que tem duas safras de milho. Foi a primeira vez que isso aconteceu. No início do ano passado, foi embarcado tanto milho que acabou comprometendo o escoamento da soja.” Neste ano, explica Juliana, a situação voltou ao normal. “A perspectiva é que os EUA tenham uma boa safra e o preço, na época da colheita, não esteja tão bom.”
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