Dados divulgados ontem pelo prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), e pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Fazenda revelam que caso a nova Planta Genérica de Valores (PGV) para cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) seja aprovada, cerca de 164 mil imóveis – 90% dos 182.246 cadastrados no município – sofreriam reajuste do tributo. Nem o prefeito nem sua equipe souberam precisar qual é o percentual máximo de reajuste. A PGV não é atualizada desde 2001.
Levantamento feito pela FOLHA em agosto demonstra que a valorização de alguns terrenos passa de 1.000%, o que não significa necessariamente que o imposto subirá neste mesmo patamar. Ontem, ao divulgar dispositivo no site da prefeitura que permite a cada contribuinte verificar quanto pagaria de IPTU com a nova PGV, os técnicos informaram que o maior aumento de IPTU é para terrenos vazios ainda não parcelados, como áreas próximas da Avenida Ayrton Senna (zona sul).
Ao demonstrar o funcionamento do verificador, a equipe demonstrou dois casos em que houve queda do valor do IPTU e dois em que houve aumento. A redução de imposto se deu em um terreno vazio, de 55,75%, e em uma casa simples da zona leste, que pagava R$ 104 de IPTU. Neste caso, o valor venal da residência não chega a R$ 15 mil e, portanto, é coberto pelo desconto de R$ 15 mil. Este contribuinte pagará as taxas, como de coleta de lixo e combate a incêndios.
Os casos de aumento foram em apartamentos: um, cujo valor venal foi corrigido de R$ 63 mil para R$ 73,5 mil. O imposto aumentou 6%, de R$ 551 para R$ 585. O outro, na Gleba Palhano, terá aumento de 20% no IPTU, que passa de R$ 1,7 mil para R$ 2 mil, sendo que o valor venal era de R$ 180,3 mil e passa para R$ 223 mil.
A reportagem testou aleatoriamente alguns imóveis, e encontrou aumentos maiores, como, por exemplo, uma residência na zona sul cujo IPTU era R$ 251 e passará para R$ 536 (valores sem as taxas), um reajuste de 113%. Neste caso, o valor venal foi corrigido de R$ 33,1 mil para R$ 68,6 mil.
Embora os aumentos sejam para a maioria, o prefeito afirmou que caso a revisão da PGV não seja aprovada, o reajuste – pela correção anual da inflação – seria para todos os contribuintes. "O IPTU vai abaixar ou ficar no mesmo patamar para cerca de 10% dos contribuintes. É importante fazer justiça fiscal para essas pessoas que estão pagando mais impostos e para quem paga valores bem inferiores à valorização de seus imóveis", defendeu.
Com a correção da planta, a maioria dos contribuintes – cerca de 69,6 mil imóveis ou 38% – pagará IPTU com valores entre R$ 300 e R$ 700, seguido de 31% que pagarão menos de R$ 300. "Acho importante destacar que 82% dos imóveis terão IPTU inferior a R$ 1 mil", comentou. Apenas 2,7% dos imóveis da cidade têm imposto superior a R$ 3 mil e 15,2% pagariam entre R$ 1 mil e R$ 3 mil.
Com a revisão, a prefeitura espera arrecadar em 2015 cerca de R$ 80 milhões a mais, sendo que, em média, a inadimplência fica em torno de 20%.
Nesta segunda-feira, a Câmara Municipal de Londrina (CML) realiza audiência pública sobre a nova PGV, projeto que tramita desde agosto no Legislativo sob o número 190/2014. A intenção é que as pessoas possam primeiramente consultar sua situação pessoal no verificador e, então, participar da discussão.
SERVIÇO
O verificador do novo IPTU está disponível do site da prefeitura (www.londrina.pr.gov.br). Na página inicial, o contribuinte deve acessar, no link para IPTU, a última aba identificada como "Verificador IPTU – PGV". Para fazer a consulta, é necessário o número da inscrição do imóvel (com 17 dígitos em pontos nem traços) e o CPF do proprietário. Na consulta, aparecerá o valor venal e do IPTU atuais e os valores previstos para a nova PGV. Os valores demonstrados referem-se exclusivamente ao imposto, ou seja, não estão incluídas as taxas.
Levantamento feito pela FOLHA em agosto demonstra que a valorização de alguns terrenos passa de 1.000%, o que não significa necessariamente que o imposto subirá neste mesmo patamar. Ontem, ao divulgar dispositivo no site da prefeitura que permite a cada contribuinte verificar quanto pagaria de IPTU com a nova PGV, os técnicos informaram que o maior aumento de IPTU é para terrenos vazios ainda não parcelados, como áreas próximas da Avenida Ayrton Senna (zona sul).
Ao demonstrar o funcionamento do verificador, a equipe demonstrou dois casos em que houve queda do valor do IPTU e dois em que houve aumento. A redução de imposto se deu em um terreno vazio, de 55,75%, e em uma casa simples da zona leste, que pagava R$ 104 de IPTU. Neste caso, o valor venal da residência não chega a R$ 15 mil e, portanto, é coberto pelo desconto de R$ 15 mil. Este contribuinte pagará as taxas, como de coleta de lixo e combate a incêndios.
Os casos de aumento foram em apartamentos: um, cujo valor venal foi corrigido de R$ 63 mil para R$ 73,5 mil. O imposto aumentou 6%, de R$ 551 para R$ 585. O outro, na Gleba Palhano, terá aumento de 20% no IPTU, que passa de R$ 1,7 mil para R$ 2 mil, sendo que o valor venal era de R$ 180,3 mil e passa para R$ 223 mil.
A reportagem testou aleatoriamente alguns imóveis, e encontrou aumentos maiores, como, por exemplo, uma residência na zona sul cujo IPTU era R$ 251 e passará para R$ 536 (valores sem as taxas), um reajuste de 113%. Neste caso, o valor venal foi corrigido de R$ 33,1 mil para R$ 68,6 mil.
Embora os aumentos sejam para a maioria, o prefeito afirmou que caso a revisão da PGV não seja aprovada, o reajuste – pela correção anual da inflação – seria para todos os contribuintes. "O IPTU vai abaixar ou ficar no mesmo patamar para cerca de 10% dos contribuintes. É importante fazer justiça fiscal para essas pessoas que estão pagando mais impostos e para quem paga valores bem inferiores à valorização de seus imóveis", defendeu.
Com a correção da planta, a maioria dos contribuintes – cerca de 69,6 mil imóveis ou 38% – pagará IPTU com valores entre R$ 300 e R$ 700, seguido de 31% que pagarão menos de R$ 300. "Acho importante destacar que 82% dos imóveis terão IPTU inferior a R$ 1 mil", comentou. Apenas 2,7% dos imóveis da cidade têm imposto superior a R$ 3 mil e 15,2% pagariam entre R$ 1 mil e R$ 3 mil.
Com a revisão, a prefeitura espera arrecadar em 2015 cerca de R$ 80 milhões a mais, sendo que, em média, a inadimplência fica em torno de 20%.
Nesta segunda-feira, a Câmara Municipal de Londrina (CML) realiza audiência pública sobre a nova PGV, projeto que tramita desde agosto no Legislativo sob o número 190/2014. A intenção é que as pessoas possam primeiramente consultar sua situação pessoal no verificador e, então, participar da discussão.
SERVIÇO
O verificador do novo IPTU está disponível do site da prefeitura (www.londrina.pr.gov.br). Na página inicial, o contribuinte deve acessar, no link para IPTU, a última aba identificada como "Verificador IPTU – PGV". Para fazer a consulta, é necessário o número da inscrição do imóvel (com 17 dígitos em pontos nem traços) e o CPF do proprietário. Na consulta, aparecerá o valor venal e do IPTU atuais e os valores previstos para a nova PGV. Os valores demonstrados referem-se exclusivamente ao imposto, ou seja, não estão incluídas as taxas.
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