Londrinenses
declaram guerra
contra as formigas cortadeiras
Neste domingo, voluntários do projeto Viva Londrina vão
ensinar táticas para moradores combaterem o descontrole
em formigueiros nas áreas verdes...
Londrinenses
declaram guerra
contra as formigas cortadeiras
Neste domingo, voluntários do projeto Viva Londrina vão
ensinar táticas para moradores combaterem o descontrole
em formigueiros nas áreas verdes...
Neste domingo, voluntários do projeto Viva Londrina vão
ensinar táticas para moradores combaterem o descontrole
em formigueiros nas áreas verdes...
Sem resistência, as
formigas cortadeiras saúvas dominam as principais áreas verdes de Londrina e
continuam a destruir solo, grama, flores e árvores no caminho onde instalam
gigantescos formigueiros sob nossos pés.
Foi observando as
cortadeiras arrasarem trechos inteiros no gramado do Lago Igapó onde costuma
correr que o engenheiro agrônomo Pedro Francio Filho, especialista em florestas
plantadas, decidiu que o problema merecia um basta – ou ao menos uma abordagem
proporcional aos danos que as cortadeiras causam.
Nas áreas verdes do
Igapó 1, por exemplo, os formigueiros cresceram tanto e tão descontrolados que
chegam a espalhar terra na pista da rua Júlio Estrela Moreira, que margeia o
local.
Neste domingo (24),
junto com voluntários da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o engenheiro
convoca um batalhão de londrinenses dispostos a combater as cortadeiras com
informação, técnica e orientação por quem sabe do assunto. A concentração
acontece a partir das 9 horas, entre o Lago Igapó 2 e o Aterro do Igapó.
A ação envolve
também a Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) e empresas que patrocinam
folders, estrutura e doação das iscas profissionais usadas na atividade
prática.
Na atividade
coletiva, quem comparecer pode aprender tudo o que é básico para começar o
controle do problema em alguma área verde ou no quintal de casa: “É
relativamente simples. Orientaremos qual a isca formicida adequada – as
amadoras não funcionam – a dosagem, a forma de aplicar e os tipos de formigas
existentes. São informações e conhecimentos muito úteis para a comunidade lidar
com um problema tão sério fazendo algo de efetivo”.
As iscas certas são
vendidas em casas agropecuárias e custam entre R$ 9 e R$ 15 por quilo. Embora
tóxicas, podem ser manuseadas com luvas simples e cuidados pontuais.
“Londrina está em
uma situação caótica. Quatro anos atrás, eu dirigia perto do Lago e passei por
um pé de jaboticaba lindo. Horas depois, quando voltei pelo mesmo caminho, a
árvore estava arrasada”, lamenta. Segundo Francio, três ou quatro ataques severos
de formigas famintas podem matar uma árvore sadia. “Sem folhas para fazer a
fotossíntese, a raiz enfraquece e fica completamente fragilizada”, explica. “Em
Londrina está impossível ver flores em canteiros e áreas verdes. Elas atacam e
acabam com tudo”.
O engenheiro
detalha que os formigueiros mais antigos de Londrina datam de 15 anos. Os
maiores podem abrigar entre 3 milhões e 5 milhões de indivíduos. “O que olhamos
na superfície é apenas uma pequena parte, a lixeira, por onde jogam os resíduos
e a terra para fora”, diz. “Um formigueiro pode ser formado por muitas câmaras.
A rainha, por exemplo, chega a viver até 23 anos”.
Veja neste vídeo
incrível como pesquisadores descobriram o tamanho de um formigueiro real
escavando os espaços abertos por elas, preenchidos por cimento.
Serviço:
Projeto Viva
Londrina, contra as formigas, com orientação para população e ação prática de
combate. Domingo, 24, a partir das 9h, no aterro do Lago Igapó próximo à
rotatória da Avenida Ayrton Senna.
Curiosidades e
formigas
Estratégia - A rainha das
cortadeiras mantém a ordem no formigueiro: produz, em sua maioria, operárias
estéreis com forma de controle da população
Tamanho – Em 6 meses, um formigueiro chega a
dois metros de profundidade. Com três anos, completa o ciclo biológico da
primeira revoada e, a partir de então, todos os anos o formigueiro produzirá
formas aladas (içás-fêmeas e bitus-machos) em revoadas de setembro a novembro,
ávidas por buscar novas colônias.
Trabalho - No ataque a uma árvore, por
exemplo, as tarefas são divididas: as que se espalham nos galhos derrubam as
folhas e as quer ficam no solo picotam o material e carregam para dentro do
formigueiro para desenvolvimento do fungo do qual se alimentam.
Danos e prejuízos - Levantamentos de
pesquisadores apontam que o desfolhamento causado por formigas reduz a produção
de cultivos florestais em um terço, podendo chegar a uma perda total de até 13%
das colheitas.
Alimentação - São necessários 86 eucaliptos e
161 pinus para alimentar um único sauveiro durante um ano. Em lavouras
comerciais, as saúvas mata-pasto podem destruir mais de 3 t de cana por hectare
por formigueiro.
Espécies - As saúvas (Atta sp), tem 10
espécies e três subespécies. Ocorrem em todo o território brasileiro. As mais
agressivas que devem ser controladas são: Atta laevignata (saúva cabeça de vidro) e Atta sexdens
rubropilosa (saúva
limão).
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