Cerca de 2% da população mundial tem Psoríase e sofre com o preconceito causado pela falta de informação sobre a doença. A Psoríase é uma doença crônica, sistêmica, inflamatória e não contagiosa que afeta principalmente a pele. Quem conta essa história são dois pacientes, Shirlei Pereira e Alexandre Ultramari, que têm longo histórico de convivência, dúvidas, sofrimentos e lembranças difíceis sobre a doença. Ambos relatam emocionados sobre todo o preconceito e a reclusão que já tiveram que enfrentar por causa da doença. Mas também contam sobre os avanços, o aprendizado, a força dos familiares e amigos e a gratidão pelos especialistas que ajudaram e ajudam na condução de todo o histórico médico e pessoal. Assista: youtu.be/i72U6jWxIow
A Psoríase tem importante impacto na qualidade de vida dos pacientes, tendo também evidências de que o prejuízo físico e mental causado por ela é comparável ou maior do que o experimentado por pacientes portadores de outras doenças crônicas, como câncer e depressão. A doença requer atendimento por uma equipe multidisciplinar. No Brasil, os centros de referência para tratamento são escassos. No site www.psoriasetemtratamento.com.br é possível ter acesso a diversas informações e pesquisar sobre a doença.
Dados apurados pela Associação Psoríase Brasil através de pesquisas, enquetes e banco de dados com 2.108 pacientes voluntários mostram que os portadores da doença são vítimas constantes de preconceito e discriminação. De acordo com a pesquisa, mais de 37% dos psoriásicos já foram tratados com diferença em alguns ambientes e 48% mudaram hábitos de rotina para evitar constrangimentos. Nesse contexto, 81% tiveram autoestima e vaidade afetadas. Em 52% dos casos, a Psoríase interfere em seus relacionamentos interpessoais. A doença também interfere no tipo de roupa que essas pessoas utilizam (72%). Um total de 73% dos psoriásicos se sentem envergonhados com a doença.
O cenário evidencia a necessidade de inclusão de novas terapias, inclusive as de alta complexidade para aqueles pacientes que já passaram por todos os tratamentos convencionais e já não tem mais nenhuma opção. No levantamento realizado pela Associação descobriu-se que 64,7% dos pacientes realizam tratamentos tópicos*; 18,7% tratamentos sistêmicos**; 11% biológicos***; 3,1% fototerapia**** e 2,5% dois tratamentos (biológico + tópico ou sistêmico + tópico). Foi verificado que poucos estados do Brasil disponibilizam o tratamento por Fototerapia. Outra constatação foi que alguns medicamentos ficam em falta por longos períodos.
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