O massacre de 29 de abril de 2015 está sendo lembrado em 200 outdoors espalhados pelo Estado
QUINTA-FEIRA, 21/04/2016
O dia 29 de abril de 2015 entrou para a história do Paraná como uma data trágica, quando professores da Rede Estadual, estudantes e outras categorias de servidores públicos foram atacados brutalmente em Curitiba por ordem do governo Beto Richa (PSDB).
Os arredores do Centro Cívico foram transformados em praça de guerra, com lançamento pela Polícia Militar de bombas, gás lacrimogêneo e de pimenta e partiram contra os grevistas com cassetetes e balas de borracha.
Tamanha violência deixou centenas de pessoas feridas e ecoou pelo mundo.
Na próxima sexta-feira (29/04), exatamente um ano após este incidente, educadores e servidores públicos do Paraná, bem como representantes dos movimentos sociais e sindical, voltarão às ruas para protestar.
Será um dia de paralisação geral, aprovado pelos diversos Sindicatos que compõem o FES (Fórum das Entidades Sindicais). Para marcar a data, o Fórum de Lutas 29 de Abril (grupo formado por diversas entidades e organizações que atuam na defesa dos Direitos Humanos e criado logo após o massacre) – realizará um Ato Público em Curitiba, com caminhada a partir do Centro em direção ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual. A concentração será na Praça Santos Andrade, a partir das 08h30.
Além de reiterar a pauta da educação pública estadual, o Paraná também receberá representantes da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) – e de várias entidades –, que promoverão a programação da ‘17ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública’.
Campanha em outdoors
Para que os paranaenses não esqueçam a data fatídica, estão expostos, por todo o Estado, cerca de 200 outdoors com a campanha ’29 de abril: um ano do massacre’.
O objetivo desta campanha, segundo Luiz Fernando, secretário de Comunicação da APP-Sindicato, é demonstrar que a educação não parou a sua luta.
“Se de um lado o governo nos ataca com bombas ou com retirada de direitos, do outro continuamos a defesa da educação pública e dos nossos direitos”, ressalta.
O secretário da APP também informou que nos dias que antecedem o primeiro ano do massacre serão promovidas uma série de atividades.
“No dia 26, celebramos os 69 anos da APP-Sindicato e, no dia 27, haverá lançamento de livros, de alguns juristas, sobre o direito de greve”, informa.
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