Por Leila Juzwiak... ao Blog Comunicando para Refletir


Meu carro, meu emprego, meu amigo, meu filho… meu, meu e MEU!
MEU: Pronome possessivo, segundo a gramática. Pronome do egoísmo, segundo as relações interpessoais.
Nossa, quanta inimizade, discórdia, brigas e até mesmo morte, essa palavrinha é capaz de causar… E a tristeza que se vê em disputas por heranças, separações, rupturas de sociedades, enfim tudo que envolva contratos e bens? Toda vez em que algo acaba, o egoísmo se instala, e vira um verdadeiro “final de feira”… só lixo espalhado. Do bom, daquilo que valeu à pena, nem sinal.




Um egoísmo chamado “MEU”

Claro que esses são poucos, dentro dos inúmeros exemplos que posso citar. Só que prefiro não me estender muito, pois triste estarei eu e você, até terminarmos esse texto.
Analisando friamente… Você já parou pra pensar que, (quase) nada é realmente seu?
Falando assim, chega até dar um frio na barriga, não? Mas é a mais pura verdade.
Volta lá na primeira frase, e pensa aqui comigo: Carro? Ok, você trabalhou, juntou dinheiro e o comprou. Mas uma chuva a mais, que resulte numa enchente daquelas de verão, pode levá-lo em questão de minutos. Emprego? Meio à crise em que vivemos, não se fala em outra coisa, além de corte nos gastos… falando o português bem claro, corte no seu pescoço! Amigos? Vem e vão. Cada um tem seu tempo e missão, a serem cumpridos ao seu lado. Filho? Assim como um dia você abriu a porta da casa dos seus pais, e foi atrás dos seus sonhos, ele também irá. E na condição de querer o melhor para ele, você não vai querer carregar a culpa, de vê-lo infeliz, mas ao seu lado… ou vai?









Sabe o quê você pode contar, como sendo seu? E daí sim, usar o pronome possessivo MEU?
Sua vida. Sua pessoa. Aquilo que carrega dentro de si (valores, crenças, experiências e conteúdo adquirido até então). Isso sim, você tem o direito de chamar de MEU, até o dia da sua morte. No mais, tudo que temos ao nosso redor é “emprestado”.
Portanto, nada mais justo que fazer um bom uso de si mesmo, enquanto é tempo.
Sim, se ainda não te contaram, VOCÊ é o único dono de si mesmo. O único responsável por tudo aquilo que faz, e se permite em sua vida.