quinta-feira, 29 de novembro de 2018

POR QUE QUEREM VENDER A SERCOMTEL???...

VENDER OU NÃO VENDER?


                       A Sercomtel teria “maquiada” balanços para pagar Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas: Prefeitura de Londrina, Copel e Banco Itaú (sucessor da Banestado Corretora, que se tornou acionista da empresa porque o Município não pagou um empréstimo que tinha como garantia as ações da telefônica), entre 2000 e 2007. A constatação está no relatório de auditoria feita pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e entregue em 2008 para a empresa municipal de telefonia. Esse documento aponta a necessidade de acompanhar mensalmente os números da Sercomtel, para evitar que a prestação de serviços seja “contaminada” pelos maus resultados financeiros.
                      A auditoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também cita o crescimento da dívida a Prefeitura com a Sercomtel, que começou em R$ 6,9 milhões em 2001 e chegou a R$ 10,5 milhões em 2008. O relatório informa que essa dívida “decorreu de encontro de contas realizado entre a prefeitura e a Sercomtel, em outubro de 2001” e deveria ser “quitada em até 5 anos, mediante a compensação com dividendos e metade do valor que o município tenha a receber”. Mesmo assim a dívida cresceu no período. No ano passado, a Sercomtel entrou com uma ação judicial contra a Prefeitura para cobrar o pagamento do empréstimo e de outros repasses que foram feitos indevidamente. A empresa pede o ressarcimento de R$ 14 milhões. O relatório da Anatel ressalta que “o valor da dívida cresce a cada ano e o horizonte de recebimento e ou quitação é demasiadamente longo e depende dos resultados que a empresa venha a apresentar no futuro, causando prejuízos à empresa, podendo comprometer a prestação do serviço”. A recomendação da Anatel é para que sejam repactuadas as condições para o pagamento da dívida.
                       Nos três anos citados a Sercomtel foi presidida, respectivamente, por Rubens Pavan, Francisco Roberto Pereira e João Rezende. Os três negam que tenham ocorrido irregularidades nesses balanços.O relatório informa ainda que “desde 2000 a Sercomtel adotou a política de remunerar anualmente seus acionistas, exceto em 2006 e 2007”, resultando “num desembolso de recursos para a empresa no montante de R$ 29,7 milhões, mesmo tendo a companhia apresentado prejuízos acumulados de exercícios anteriores, o que revela uma desconsideração da situação financeira da empresa”. Ironicamente, o aporte de capital que a empresa pede agora aos acionistas é de R$ 30 milhões. Apesar dos valores nominais serem semelhantes, os R$ 29,7 milhões distribuídos, na década passada, não estão atualizados.
                                                                            REFLEXÃO DO BLOG

                       Em qualquer empresa a má administração e o deixar acumular dívidas o resultado é um só: Situação falimentar. Elegemos democraticamente cidadãos para cuidar dos bens públicos e sempre há um relaxo e os eleitos não cuidam da coisa pública.

                       Os Relatórios da Agência Nacional de Telecomunicações afirmam categoricamente que entre 2000 e 2007, a empresa Sercomtel distribuiu dividendos mesmo apresentando prejuízos.E agora... quem fica com a dívida milionária? E as administrações anteriores não vão ser responsabilizadas por falir a empresa? Deveria isto sim, chamar “as chefias” que comandaram pessimamente a Sercomtel e fazê-las pagar pelos erros administrativos. Não é possível, venderam uma parte dela, tentaram vender o resto e o povo gritou num plebiscito não permitindo e agora vem com a mesma história para vender o resto?

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