O levantamento foi feito com base nos dados apresentados à Justiça Eleitoral ao se candidatarem para a reeleição ou eleição em outros cargos.
Dos 18 vereadores que vão disputar novamente uma vaga na Câmara Municipal, metade teve decréscimo de patrimônio. É o caso de Emanoel Gomes (REPUB), que tinha patrimônio de R$ 83.000,00 em 2016 e agora informou que seus bens somam R$ 11.394,55; de Estevão da Zona Sul (PL), cujo patrimônio caiu de R$ 170.000,00 para R$143.905,35; Guilherme Belinati (PP), que agora disse ter somente R$10.000,00 em espécie e, em 2016, tinha um veículo avaliado em R$ 30.000,00; Jairo Tamura (PL), que tinha patrimônio de R$ 259.815,49 em 2016 e agora afirma ter R$ 56.365,49; João Martins (PL), que tem agora patrimônio avaliado em R$100.000,00 e tinha, em 2016, patrimônio de R$ 114.000,00; e Júnior dos Santos Rosa (REPUB), que será candidato a prefeito, e tinha em 2016 patrimônio de R$ 49.290,00 e agora declarou ter R$ 10.000,00, apenas.
Os patrimônios que mais diminuíram foram dos vereadores Rony Alves (PTB), que tinha R$ 305.000,00 em 2016 e agora declarou apenas R$ 50.000,00; Mário Takahashi (PV), que era detentor de bens somando R$ 977.180,44 e agora declarou ter apenas R$ 530.000,00; e Péricles Deliberador (PSC), que ‘perdeu’ mais da metade do valor declarado em 2016 – R$1.071.257,42: agora seus bens, segundo sua declaração, somam R$461.810,73.
Os vereadores que tiveram aumento patrimonial nos últimos quatro anos foram Amauri Cardoso (PSDB), de R$ 163.077,84 em 2016 para R$ 382.789,10 em 2020; Daniele Ziober (PP), de R$18.000,00 para R$ 675.476,82; Eduardo Tominaga (DEM), de R$ 103.220,16 para R$ 134.051,56; José Roque Neto (PSB), de R$ 2.647,37 para R$ 31.462,96; Madureira (PTB), de R$ 244.000,00 para R$ 340.000,00; Roberto Fú (PDT), de R$ 66.362,00 para R$ 110.781,06; e Vilson Bittencourt (PSB), de R$ 49.000,00 para R$ 142.132,66.
Ailton Nantes (PP) e Felipe Prochet (PSD) apresentaram praticamente o mesmo valor de bens nas duas eleições: o primeiro, total de R$ 353.238,57 em bens, e o segundo, R$ 457.747,46.
Segundo o advogado Cássio Leite, que atua na área eleitoral, o objetivo principal da exigência da declaração de bens pelos candidatos é o controle da evolução patrimonial e a fiscalização de gastos abusivos na campanha ou a obtenção de recursos ilícitos no exercício do cargo. Segundo ele, alguns candidatos acabavam inflando sua evolução patrimonial para justificar gastos eleitorais feitos ilicitamente. “Hoje, como as campanhas, por lei, têm de ser mais baratas, as declarações de bens têm sido mais reais”, afirmou.
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