“Para ser solidário conosco em tudo, na cruz [Jesus] experimenta também o misterioso abandono do Pai. No abandono, porém reza e entrega-se: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Suspenso no patíbulo, além da zombaria, enfrenta ainda a última tentação: a provocação para descer da cruz, vencer o mal com a força e mostrar o rosto de um deus poderoso e invencível. Mas Jesus, precisamente aqui, no auge da aniquilação, revela o verdadeiro rosto de Deus, que é misericórdia. Perdoa aos carrascos, abre as portas do paraíso ao ladrão arrependido e toca o coração do centurião. Se é enorme o mistério do mal. Infinita é a realidade do Amor que o atravessou, chegando até o sepulcro e à morada dos mortos, assumindo todo o nosso sofrimento para salvá-lo, levando luz às trevas, vida à morte, amor ao ódio”.
Papa Francisco
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