Você pensa que está certo educando seu filho assim,mas não é bem assim.
Agindo assim se põe impõe limetes de educação. De um lado estão os pais que foram criados de maneira severa e acreditam que essa é a melhor maneira para impor limites às crianças. Do outro aparecem aqueles que foram superprotegidos, ganharam tudo o que queriam na infância e hoje tentam demonstrar o amor que sentem por seus filhos da mesma forma. O problema, segundo a psicóloga e pesquisadora Lídia Weber, é que os dois grupos estão equivocados e terão dificuldades para educar a próxima geração de forma adequada.
Especialistas afirmam que a educação de sucesso precisa do equilíbrio entre afeto e disciplina para que a criança sinta que é amada ao mesmo tempo em que aprende valores morais e têm seus limites estabelecidos. Afinal, “são essas regras que demarcam até onde a criança pode ir sem me machucar, seja física ou emocionalmente”, afirma Lídia, que é doutora em psicologia e atua como professora sênior da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“Amar não é simplesmente dizer ‘eu te amo’, mas estar presente, ajudar, se colocar no lugar da criança e respeitá-la”.
Ame incondicionalmente
O primeiro passo para educar com carinho é amar o filho pelo que ele é, não pelo que ele faz. Por isso, demonstrações de amor devem ocorrer independentemente do comportamento da criança e os momentos em família – como comemorações pelo aniversário do filho e a participação na vida escolar dele – precisam fazer parte da rotina. “Lembrando que amar não é simplesmente dizer ‘eu te amo’, mas estar presente, ajudar, se colocar no lugar da criança e respeitá-la”, pontua a doutora.
Cada fase da criança apresenta características específicas e conhecer essas etapas auxilia no processo educacional. Um bebê de um ou dois anos que está aprendendo a falar e caminhar, por exemplo, precisa explorar o que existe ao seu redor e conta com o apoio dos pais para sentir que é competente. “Já crianças em idade pré-escolar devem aprender as regras sobre o mundo, enquanto aquelas de cinco a dez anos querem desenvolver seu senso de competência”, afirma a psicóloga, que cita ainda a pré-adolescência como o momento em que os filhos precisam muito dos pais para lidar com a transição entre infância e adolescência.
“Podemos aprender com o nosso passado e usar essa aprendizagem para melhorar o presente e o futuro“, garante Lídia Weber.
Durante o processo educacional é necessário conhecer os filhos por meio do diálogo, brincadeiras e da troca de experiências. “Estabeleça um momento de família, um horário para conversar e colocar os assuntos do dia”, sugere Lídia, que também orienta os pais a convidarem os amigos das crianças para irem à sua casa, demonstrando interesse pelas atividades que realizam. “Construa memórias felizes. Seu filho poderá esquecer dos brinquedos que teve, mas nunca dos momentos especiais que passou com você”, pontua a psicóloga.
Ainda de acordo com ela, os elogios sinceros também devem fazer parte da rotina familiar e as tarefas realizadas com sucesso precisam ser recompensadas de alguma forma. Para isso, os pais podem expor tarefas e desenhos do filho pela casa e sempre valorizar o esforço da criança para chegar àquele resultado.
Outro ponto importante é garantir que os limites estabelecidos sejam consistentes, realistas e apropriados à idade da criança. Além disso, eles devem ser específicos e repetidos com frequência. “É melhor você dizer ‘cumprimente a sua avó’ do que ‘seja bonzinho’, por exemplo”, afirma Lídia Weber, que orienta os pais a verificarem se a regra foi obedecida. “Seu filho não é um robô, logo as regras vão ser quebradas. Ele desafiará você e testará até onde pode ir”. Por fim, os pais devem ser exemplos e, se uma regra for diferente para adultos e crianças, isso deve ser explicado. “Aja com seu filho exatamente como você gostaria que outras pessoas agissem com ele. Sua família é preciosa”, afirma a psicóloga, que sugere aos pais mais estressados um treinamento de autocontrole antes de disciplinar a criança. “Pense, conte até 20, saia de perto. Mas não ofenda, não grite, não humilhe”. O mesmo vale para o relacionamento com o cônjuge, que também será um modelo para os filhos. “Faça com que o clima em seu lar seja o de um porto-seguro, onde as pessoas se sentem amadas e seguras”, finaliza.
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