terça-feira, 27 de junho de 2023

É JUSTO HOMENAGEAR O RELOJÃO DO EDIFÍCIO AMÉRICA UM MONUMENTO LONDRINENSE!

 O relógio do Edifício América era um dos maiores do país na década de 60 e se tornou referência turística e, claro, uma utilidade pública em um tempo em que não se tinha celulares ou até mesmo condições de se ter um relógio de pulso.

Acervo Museu Histórico de Londrina

O monumento londrinense pode ser visto de diversos pontos da cidade, principalmente do Centro, e é difícil encontrar alguém que não o conheça. No entanto, o que pouca gente sabe é como ele é mantido em funcionamento e quem garante que os ponteiros de mais de três metros continuem funcionando. Estamos aqui para contar essa história:

"Senhor Ueda do Relojão"

Um jovem relojoeiro paulista de 26 anos chegava a Londrina em 1963 para abrir sua própria relojoaria. A história de Tetsuo Ueda em nossa cidade começou aí, quando ele e o irmão abriram as portas da primeira loja da família, na Rua Santa Catarina, bem no coração do município. E foi no coração de Londrina que os Ueda permaneceram. Tetsuo desfez a sociedade com o irmão em 1969 e passou a comandar sua segunda relojoaria sozinho, dessa vez na Rua Mato Grosso até passar para o ponto em que permanece até hoje, na Rua Sergipe.

Das lojas do Centro Histórico, Ueda observou o crescimento da cidade. As ruas de paralelepípedo se tornaram asfalto, os prédios brotaram em todos os cantos. E esse desenvolvimento também foi acompanhado do alto dos 15 andares do Edifício América, pois a partir de 1972, o relojoeiro também assumiu a manutenção do Relojão. “Quando eu cheguei, em 1963, já existia o Relojão, mas não tinha ninguém responsável pela manutenção e ele ficava sempre parado, precisavam de alguém que entendesse da máquina daquela marca específica”, comenda Ueda.

Foi em 1972 que ele começou a trabalhar com a assistência da fábrica do Relojão, que é a Dimep. "Logo que eu assumi a posição, o dono do Relojão à época entrou em contato com a fábrica em busca de alguém para consertar a máquina, que vivia parada. A Dimep então recomendou o meu nome e continuei com a manutenção até os dias de hoje”, conta Ueda.

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