quarta-feira, 30 de agosto de 2023

MEXA-SE E VIVA MELHOR!

 


                                Vamos passear ? 



O homem é um ser em permanente construção e a idade não deve ser uma limitação para interromper esse processo. Nesse artigo, o psicólogo Waldir Biscaro mostra que o idoso pode estabelecer para si algumas metas que ele entenda como essenciais em sua vida. Mas não apenas o idoso precisa acreditar que tem um potencial ainda a ser desenvolvido. O que fazer?

Para se responder a essa indagação, temos de apelar para a crença de que há vida após a maturidade cronológica, há potencial humano a ser desenvolvido e há ainda em nós espaços a serem preenchidos.

O homem é um ser incompleto ou, melhor, um ser em permanente construção e, enquanto for vivo, compete-lhe completar o que foi iniciado lá em sua infância. Se fosse anjo ou se fosse pedra ele estaria dispensado de se preocupar com essa busca de completação. Como ser pensante, dotado de arbítrio e consciente de sua situação no mundo, ele pode e deve construir seu pleno desenvolvimento ou chegar o mais próximo possível dessa plenitude.

E de que metas estamos falando?

Em princípio poderiam ser metas de qualquer natureza, pois elas dependem dos valores que cada um assume para si – metas de bem-estar, metas de realização artística, metas de realização profissional –todas de muito significado. 

Aprimoramento emocional?

Quando se fala em aprimoramento, não se parte do zero. Parte-se do ponto em que se está e isso não é tão pavoroso assim. Sabemos de idosos que tomaram consciência de que suas capacidades ainda estavam intactas e que, agora, tais capacidades poderiam ser potencializadas por toques de sabedoria. Tais casos são vistos como exceção quando, na realidade, eles deveriam ser mais generalizados. E nem é necessário apelar para grandes nomes para se demonstrar a viabilidade de continuidade de desenvolvimento emocional e de aperfeiçoamento humano após os sessenta, setenta, oitenta, noventa ou mais anos.

Por aí, percebe-se que não apenas o idoso precisa acreditar que tem um potencial ainda a ser desenvolvido. É necessário que pessoas ao seu entorno também acreditem e estimulem essa crença.

Enquanto se é vivo, o homem não tem o direito de estacionar. Pode sim se alegrar, pode se orgulhar do que realizou e tudo isso deve servir de combustível para novos avanços em novas direções, nunca para se acomodar.

– Respeito ao corpo – Não ser mais jovem não quer dizer rejeição ao próprio corpo. Dedicar ao corpo mais atenção do que na fase anterior. Até um tanto de vaidade será perfeitamente aceito e recomendado. O desleixo jamais será tolerado.

– Sentimento de ser necessário – Sentir-se útil já é alguma coisa, agora é preciso encontrar uma forma de se fazer necessário. Aqui é que o idoso vai usar de toda sua criatividade para perceber junto a quem ou em que situação poderá “exercer” um papel de ser necessário.

– Renovação e ampliação dos relacionamentos – A perda dos velhos companheiros é fato inelutável. A única providência a ser tomada é a busca de novos contatos junto às gerações abaixo. Para que a aproximação se dê sem atritos a saída é demonstrar interesse pelos assuntos dos mais jovens.

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