Essas árvores são amplamente encontradas em todas as regiões do país e são conhecidas por sua impressionante beleza em suas flores com cores vibrantes.
Suas flores têm uma forma que se assemelha a um funil, parecendo pequenas trombetas de várias cores, incluindo amarelo, roxo, rosa, branco e até mesmo verde.
O período de floração dos ipês ocorre entre os meses de junho e novembro, e essa exibição cromática inicia-se com tons de roxo e rosa, seguidos pelo amarelo e, por fim, o branco.
A denominação “ipê” tem origem na língua indígena tupi e significa “casca dura”. Os povos indígenas utilizavam a madeira dos ipês na confecção de seus arcos de caça e armas de defesa.
Os ipês têm uma história antiga no Brasil. Antes mesmo da chegada dos colonizadores europeus, as populações indígenas já conheciam e utilizavam algumas espécies de ipês.
Durante o período colonial, a madeira resistente dos ipês foi amplamente usada na construção de embarcações e construções, como as Igrejas de Ouro Preto, em Minas Gerais, que contam com elementos de ipê em sua estrutura.
Hoje, os ipês são símbolos da flora brasileira e são protegidos por leis de conservação. Além de sua beleza estonteante, eles desempenham um papel importante no equilíbrio ecológico, fornecendo habitat e alimento para diversas espécies de fauna.
Ipê Amarelo – Handroanthus ochraceus ou Tabebuia ochracea
Espécie comum na região centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, podendo alcançar de 6 até 14 metros de altura e a espessura do tronco pode variar de 30 a 50 cm.
Suas flores são amarelas e costumam florescer a partir do final de julho até setembro. Sua florada é exuberante e fantástica, muito utilizada no paisagismo, podendo ser considerada uma das mais belas dentre as espécies de ipês.
Ipê Amarelo da Serra – Handroanthus albus ou Tabebuia alba
Esta espécie costuma ter um porte maior, podendo alcançar de 20 a 30 metros de altura, e o tronco de 40 a 60 cm, ela é mais comum nas regiões sudeste e sul.
Suas flores são amarelas e também florescem de julho a setembro. Esta espécie só ocorre acima de 1.000 m de altitude.
Ipê Amarelo do Cerrado – Handroanthus caraiba ou Tabebuia aurea
Comum da região amazônica e nordeste até o sudeste, frequente no cerrado, na caatinga e no pantanal mato-grossense.
Sua altura é de 12 a 20 metros e seu tronco é tortuoso com diâmetro de 30 a 40 cm, com casca suberosa.
Floresce durante os meses de agosto a setembro apenas. Possui uso comum tanto para arborização de ruas e avenidas, quanto no paisagismo em geral.
Ipê Rosa – Handroanthus avellanedae ou Tabebuia avellanedae
Ocorre com mais frequência no Sul do país, desde o Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul. Pode alcançar de 20 até 35 metros de altura, com tronco ereto e cilíndrico de 60 a 80 cm de diâmetro.
Suas flores possuem tons de rosa e roxo, floresce de junho a agosto. É a espécie de ipê mais comum no paisagismo do sul do Brasil, quando em flor é uma árvore muito bela, um grande espetáculo da natureza.
Ipê Roxo – Handroanthus heptaphyllus ou Tabebuia heptaphylla
Possui altura média de 10 a 20 metros e é encontrada principalmente no nordeste e sudeste do país, seu tronco pode medir de 40 a 80 cm de diâmetro.
Suas flores são roxas e aparecem durante julho até setembro. É uma das espécies mais populares no paisagismo brasileiro, por sua beleza quando em floração, também muito utilizada na arborização de ruas e avenidas.
Uma curiosidade: Cientistas americanos descobriram uma substância da casca do ipê-roxo que possui potencial para matar células cancerígenas de pulmão. Mais estudos estão sendo realizados.
Ipê Roxo de Bola – Handroanthus Impetiginosus ou Tabebuia impetiginosa
Esta espécie também é mais comum nas regiões do nordeste e sudeste do Brasil, sua altura é entre 8 a 12 metros e seu tronco pode chegar até 90 cm de diâmetro.
Sua flores também são roxas, porém a floração acontece durante o mês de maio até agosto. É uma árvore muito admirada para arborização e paisagismos.
Ipê-verde (Cybistax antisyphilitica)
Apesar de parecer algo muito raro, o ipê-verde está distribuído amplamente por todo o Brasil extra-Amazônico, no Cerrado e em áreas florestais de todos os outros estados brasileiros, exceto Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
É uma espécie nativa do país mas não é endêmica, também ocorre no Paraguai, Bolívia, Norte da Argentina e Peru.
Além disso, esta espécie é muito utilizada de maneira ornamental e na recuperação de áreas degradadas. Ele chega a dois metros de altura, mas nas cidades, onde é utilizada como ornamental, geralmente apresenta estatura mais baixa, porém seu tamanho pode variar entre 2 a 20 metros.
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