Uma aula histórica ...
- Edison Veiga
- De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
Uma ligação estreita e mística com a natureza: de certa forma, essa espiritualidade é comum aos povos originários que viviam no território brasileiro antes da chegada dos europeus, conforme explicam especialistas.
E, embora existam muitas diferenças entre os mais de 300 povos, dessa característica em comum podemos conceituar o que seria o mais próximo de uma “religião” ou religiosidade dos indígenas antes da catequese imposta pelos cristãos do Velho Mundo.
No livro O Trovão e O Vento - Um caminho de evolução pelo xamanismo tupi-guarani, o escritor e educador Kaká Werá, da etnia tapuia, fala sobre os “tapejaras, círculos de pedras em cujos centros se acendia o fogo sagrado para honrar a Mãe Terra, para louvá-la, para reverenciá-la — não somente a Grande Mãe, mas também as estrelas, que são consideradas moradas doa vós da humanidade”.
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Werá prossegue dizendo que os cânticos tupis “também celebravam as chuvas, o arco-íris, as estações, o plantio, a colheita, o sagrado caminho da vida e da passagem”. “O que une, de certa forma, esses povos originários é a ligação estreita com a natureza, com os elementos da natureza”, diz à BBC News Brasil o historiador e antropólogo Giovani José da Silva, professor na Universidade Federal do Amapá.
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