segunda-feira, 31 de março de 2025

 

Algumas árvores prosperam depois de serem atingidas por um raio

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Somos ensinados, desde sempre, que as árvores são extremamente importantes para o nosso planeta. São imprescindíveis para a vida na Terra, ainda mais agora que passamos por mudanças climáticas profundas por conta do descaso com a natureza. Com toda essa importância, não é uma surpresa que vários estudos sejam feitos sobre elas. Um deles sugere que algumas árvores prosperam depois de serem atingidas por O estudo foi feito por Evan Gora, um ecologista florestal do Instituto Cary de Estudos do Ecossistema, que analisa o impacto dos raios na biodiversidade e no armazenamento de carbono nas florestas tropicais do Panamá.

Claro que os relâmpagos são responsáveis pela morte de centenas de milhões de árvores anualmente, mas em 2015, durante um trabalho no Panamá, Gora e seus colegas viram uma árvore Dipteryx oleifera que sobreviveu ao impacto sem ter muitos danos mesmo com o raio sendo forte o bastante para arrancar uma trepadeira parasita da copa e matar mais de 12 árvores vizinhas.

“Ver que há árvores que são atingidas por um raio e não sofrem danos foi simplesmente espantoso”, lembrou Gora.

Árvores prosperam depois de serem atingidas por um raio

Freepik

Depois dessa descoberta, os pesquisadores notaram que mais outras árvores, também, estavam normais mesmo tendo sido atingidas por um raio. Então, eles foram investigar melhor esse comportamento.

Já era imaginado pelos pesquisadores que algumas árvores prosperam depois de serem atingidas por um raio, por conta de adaptações evolutivas, mas eles ainda não tinham provas sobre isso. Somente em 2022 que, Gora e seus colegas, conseguiram mostrar, pela primeira vez, que existem árvores com essa capacidade.

Através de um sistema único de localização de raios, eles seguiram os resultados de 93 árvores que foram atingidas no monumento natural de Barro Colorado, no centro do Panamá. Então, eles mediram a taxa de sobrevivência das árvores, o estado da copa e do tronco, o número de lianas parasitas e a mortalidade das árvores vizinhas, por dois anos e seis meses, depois de elas terem sido atingidas por um raio.

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