sábado, 7 de setembro de 2013

PROTESTOS NESTE 7 DE SETEMBRO EM BRASÍLIA, RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO

Dia 07/09/2013 às 20h46 
Protestos tomaram conta do país com atos de vandalismo








Manifestantes voltaram às ruas das principais cidades brasileiras neste Sete de Setembro, o que gerou confrontos, principalmente em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, com pessoas sendo dispersas pela polícia com gases lacrimogêneo e de pimenta.
Manifestações foram convocadas em mais de 100 cidades através das redes sociais, mas foram significativamente menores do que as de junho, quando mais de um milhão de pessoas saíram às ruas contra a corrupção e os gastos públicos milionários com os estádios da Copa do Mundo, e por melhores serviços.
Em Brasília, após denunciar a corrupção na classe política diante do Congresso, centenas de manifestantes tentaram romper o cordão policial que protegia o estádio Mané Garrincha, duas horas antes do amistoso entre Brasil e Austrália, sendo dispersos com gás lacrimogêneo.
Os manifestantes corriam em todas as direções nos arredores do estádio, perseguidos pelo Batalhão de Choque e a Polícia Montada. A principal via de acesso ao estádio foi tomada pela fumaça dos gases.
A polícia lançou gás de pimenta contra um grupo de jornalistas - entre eles um fotógrafo da AFP, que precisou de atendimento médico - que protestavam porque um colega havia sido atacado por um cão da polícia.
A polícia voltou a lançar gás lacrimogêneo nas áreas onde os manifestantes continuavam se concentrando em Brasília, e usou jatos d'água para dispersá-los na principal avenida da cidade, a 500 metros do Congresso.
Um total de 39 pessoas foi detido na capital do país, informou a polícia à imprensa.
Os confrontos entre manifestantes e policiais ganharam força no fim do dia no Rio de Janeiro e em São Paulo, liderados, principalmente, por grupos de mascarados.
No centro de São Paulo, um grupo de manifestantes tentou invadir a Câmara Municipal, e a polícia tentava dispersá-los com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, informou um policial militar.
Um manifestante foi ferido no olho, e, com o rosto coberto de sangue, caiu na rua, onde foi socorrido pela polícia.
Os protestos começaram cedo, coincidindo com os desfiles militares que marcam a data.
No Rio de Janeiro, mais de 100 manifestantes invadiram a avenida onde acontecia o desfile. Para dispersá-los, a polícia lançou gás lacrimogêneo perto do público, que incluía famílias com crianças, que correram para se proteger. Treze pessoas ficaram feridas e 27 foram detidas.

"A educação brasileira é uma vergonha, os salários também", reclamava o professor recém-formado Eduardo Marques, 25.

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