Os políticos, os governantes e a imprensa continuam chocados pelos
grandes protestos que tomaram as ruas.
Movimento Passe Livre, que
defendia a gratuidade dos transportes urbanos, e depois engrossados por meio do
Facebook por milhares de pessoas que já tinham uma retórica unificada contra os
partidos e governantes em geral, responsabilizados pela qualidade ruim dos
serviços públicos, a corrupção, a insegurança etc.
Tais movimentos, embora com origem difusa, sabiam expressar o que
queriam: uma enorme indignação contra políticos e governantes.
Respostas ainda tímidas:
Nunca antes na história deste país a redoma de vidro que reveste o poder
político foi tão ameaçada por manifestações espontâneas, com a vanguarda de
milhares de jovens. Alguns resultados conseguiram.
O aumento das passagens foi revogado em várias partes. O Congresso
desistiu de votar o projeto de lei que tirava do Ministério Público o poder de
investigar.
Tais providências não tocam no âmago das queixas, até porque seria
passar recibo às críticas: que embora muito se tenha avançado nos últimos anos,
como se viu pelo salto de 1991 para 2010 do Índice de Desenvolvimento Humano
dos Municípios, pouco se fez para atender as demandas por serviços decentes de
uma sociedade mais bem equipada.
REFLEXÃO DO BLOG
Diante
desse quadro pós-indignação do povo aos políticos desonestos surge algo que tem
que ser pensado. Está se formando grupelhos partidários nos meios religiosos
visando eleições que se aproximam. Sem ninguém
perceber vão se agrupando e às vezes transformando púlpitos em palanques políticos. Isto não é correto.
Os pastores e padres devem ficar atentos e não permitir que isto ocorra e os
vezeiros da política tomem terreno em local que deve ser tão somente para
aclamar e respeitar os ensinamentos cristãos. Tudo bem que a igreja tem que
opinar sobre questões políticas, mas jamais fomentar partidos políticos.
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