quarta-feira, 6 de novembro de 2013

BLOG CIÊNCIAS: ENCONTRARAM FRAGMENTO DE COMETA QUE ATINGIU A TERRA.


Queda do cometa no sudoeste do Egito devastou a região e transformou o solo do deserto em vidro

A onda de fogo causada pelo impacto do cometa atingiu em cheio o deserto egípcio. O calor foi tanto que a areia virou vidro (Terry Bakker)
Há 28 milhões de anos, um cometa adentrou a atmosfera terrestre, acima da região que viria a ser conhecida como Egito. Ao entrar em contato com o ar, o cometa explodiu, espalhando uma enorme onda de fogo que destruiu todas as formas de vida em seu caminho. O calor produzido foi tão alto que transformou o solo do deserto em vidro. Nesta quinta-feira, pesquisadores da Universidade de Witts, na África do Sul, anunciaram em uma palestra que identificaram um pedaço do cometa responsável por toda essa destruição.

Em seu estudo, os pesquisadores realizaram uma análise das propriedades químicas e físicas de uma pequena e brilhante rocha negra que havia sido encontrada por geólogos no sudoeste do Egito. Dura e angular, a pedra foi nomeada pelos cientistas de Hipátia, em homenagem à mais antiga filósofa, astrônoma e matemática de que se tem notícia: Hipátia de Alexandria.O pequeno pedaço de rocha preta é a primeira prova material encontrada por cientistas de um cometa que atingiu a Terra. Formados em regiões distantes do Sistema Solar, a partir de gelo e poeira, eles normalmente se desintegram quando entram em contato com a atmosfera. “Os cometas são bolas de neve sujas de poeira que sempre passam pelos nossos céus, mas nunca havíamos encontrado o material de que eles são feitos na superfície terrestre", afirma David Block, pesquisador da Universidade de Wits e um dos responsáveis pela descoberta.

A análise dos pesquisadores mostrou que ela era composta principalmente por carbono, com diamantes microscópicos espalhados ao longo de sua massa. "Os diamantes são produzidos a partir do carbono. Normalmente eles se formam no fundo da terra, onde a pressão é muito alta, mas também podem ser gerados a partir de um impacto muito forte", afirma Jan Kramers, pesquisador da Universidade de Joanesburgo.

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