André Fanaya defende aplicação de técnica conhecida como Geotube, na qual o lago não precisa ser esvaziado; processo evita grande impacto ambiental.
O engenheiro André Fanaya não teme o problema em que se tornou o crítico assoreamento do Lago Igapó. Enquanto anda por um banco de terra onde quatro meses atrás havia só água – antes o local era parte do leito do Lago Igapó 2 e hoje se tornou um trecho onde crescem até árvores – o engenheiro afirma ser possível acabar com o assoreamento sem esvaziar o cartão-postal de Londrina.
Essa foi a técnica aplicada pela Prefeitura de Londrina em 2001. Sem água, o fundo do lago seria retirado com escavadeiras – mas a obra se arrastou sem resultados efetivos. Houve morte de peixes e organismos e restou um cenário de degradação que só cessou com o lago cheio.
Inspetor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), Fanaya defende a técnica de uma empresa que garante desassoreamento sem traumas ambientais. A solução da Allonda – a técnica chama-se Geotube – estará entre as sugestões a serem apontadas pela empresa RDR, de Curitiba, que realiza um estudo sobre o Igapó. Em dezembro, a RDR vai divulgar as análises de profundidade e as quantidades de materiais de construção e obras, como britas, entulhos, terra, lixo e sedimentos em geral – que formam o lodo no fundo a ser removido.
Fanaya explicou a técnica em uma palestra no Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina na semana passada.
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