domingo, 22 de dezembro de 2013

BLOG CINEMA: "AZUL E A COR MAIS QUENTE"...UM FILME BASTANTE POLÊMICO!







O filme não passou sem controvérsia. Em entrevista ao site francês Télérama, o próprio realizador manifestou o seu arrependimento na concepção do filme: "O filme não deveria sair. Ele é muito sujo". Kechiche admitiu que ganhar que Palma de Ouro só lhe trouxe um "breve momento de felicidade". E acrescenta: "Logo de seguida senti-me humilhado, uma rejeição da minha pessoa. Vivo como se estivesse sob uma maldição". Para o cineasta, o sexo real impedirá que o espectador assista ao filme "com o coração limpo e com um olhar atento". "Eles [o público] vão dizer, 'será que este homem não abusou dessas atrizes? Será que elas também não gostaram [de fazer sexo] e não querem falar?'", desabafou.
As próprias atrizes manifestaram a sua frustração face às dificuldades sentidas durante as rodagens: "Kechiche é um génio, mas torturado. Ela [Léa Sey­doux] estava-me a bater tantas vezes, e [Kéchiche] gritava: Bate-lhe! Bate-lhe outra vez!", disse Adéle Exarchopoulos ao Daily Beast. Também Léa Seydoux, em entrevista ao Folha de São Paulo, reconheceu-se explorada pelo realizador, pelas forma como este conduzia as filmagens.
Kechiche respondeu entretanto, acusando Léa Seydoux de "não estar a medir as consequências desastrosas das suas palavras". Na entrevista à Télérama o realizador considerou que "as suas declarações são piores do que cuspir na sopa, são uma falta de respeito por uma profissão que considero sagrada. Se realmente viveu o que conta, então porque foi a Cannes chorar, agradecer, passar dias a experimentar vestidos e jóias? Ela tem a profissão de atriz ou de artista de gala?".

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