Gasolina era furtada de vagões da ALL e vendida em posto em Jataizinho
Segundo a polícia, jovens passavam graxa nos trilhos para que o trem parasse e então retiravam o combustível
Jataizinho - O dono de um posto de combustíveis em Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina) foi preso por receptar galões de gasolina furtados de trens da América Latina Logística (ALL). Segundo a Polícia Civil, até a tarde de ontem ele estava detido na Delegacia de Ibiporã. A família do suspeito já havia constituído advogado para tentar a liberação dele mediante um habeas-corpus e o pagamento de fiança.
A reportagem da FOLHA esteve no local onde os bandidos subiam nos vagões para furtar os combustíveis. O espaço fica em um ponto bem afastado da área urbana de Jataizinho, próximo à uma estância rural e ao Rio Tibagi.
Segundo a dona de casa Adriana Souto da Silva, de 34 anos, que mora ao lado da encruzilhada da linha de trem com a Estrada Frei Timóteo, vários adolescentes subiam nos vagões para furtar combustível. "Não sei como eles conseguiam subir nos vagões, mas eles passavam aqui ao lado de casa já sobre eles, cada um deles carregando quatro galões de 20 litros", relatou. Os jovens aproveitavam que a composição estava bem pesada e, na subida da estrada Frei Timóteo, passavam graxa nos trilhos para que o trem não conseguisse subir carregado. "O trem ficava de 20 a 30 minutos parado até que os funcionários conseguissem resolver a situação", revelou Adriana. Nesse intervalo, os adolescentes aproveitavam para retirar o combustível dos vagões.
No momento do flagrante, os galões estavam em uma caminhonete conduzida pelo proprietário do posto, um rapaz de 23 anos, e estavam sendo descarregados por um funcionário. Ambos foram encaminhados para a delegacia. Posteriormente, o funcionário foi liberado e o empresário, encaminhado para a Delegacia de Ibiporã.
O posto fica na Avenida Presidente Caetano Munhoz da Rocha, à margem da BR-369. Quando a reportagem chegou ao posto, o pai do proprietário do estabelecimento estava no local. Ele não quis dar entrevista e limitou-se a dizer que a prisão "foi uma armação". Ele se recusou a fornecer o nome do advogado que defende seu filho.
A assessoria de imprensa da ALL informa que mantém um posto de segurança 24 horas, com profissionais acompanhando todo o trecho citado, e também conta com o apoio da polícia para coibir este tipo de ação.
Vítor Ogawa
Reportagem Local
Reportagem Local
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