MINHA HOMENAGEM A LONDRINA
Em junho
de 1964 chegava a Londrina. Puxa como foi difícil deixar minha família, meus
amigos e tomar esta decisão de sair de casa em busca de sonhos... queria ser
locutor de rádio. Garotão, “sem lenço, nem documentos”, alguns tostões no
bolso, saio de Centenário do Sul, que era o meu mundo pequeno, e ouso ir para
outros horizontes.
Tudo bem com meu pai e minha mãe, não havia
desentendimento, apenas meu sonho que eles entenderam... Fiz a mala e peguei
uma charrete (tocada a cavalo) e fui à rodoviária. Depois de horas no ônibus da
viação Garcia, chegava à Rodoviária que ficava no centro da cidade.
Desci e me
assustei um pouco ao ver o barulho das pessoas, dos veículos, os prédios... Achei
tudo temeroso, mas belo. Ajeite-me na pensão da dona Francisca na Rua Benjamin Constant.
Vinha para trabalhar na Rádio Auriverde que se inaugurava na cidade. Dei uma
saída e vi que este mundo era maior do que de onde vim, os cinemas grandiosos,
a beleza das luzes da cidade, havia muita correria de gente, saindo das lojas,
paradas nos bancos da praça, próximo aos coletivos uma multidão de pessoas.
As grandes lojas me encantavam com suas
vitrines. A av. Paraná com seu vaie vem de veículos e pessoas nas calçadas. Durante
o dia fui ver ao Bosque que maravilha verdejante e bem cuidada. Nossa como era
linda a catedral... Era mais bonita do que a de hoje. A Concha acústica, quantos
shows populares tive a satisfação de ver e aplaudir.
O
Zerão era belo como agora. Nas margens do Lago Igapó viam-se pessoas passeando,
exercitando e pescando... nossa que legal. A Londrina de ontem era assim e
continua bela hoje. É um lugar abençoado por Deus, é portentosa, amorosa, gente
acolhedora, digo sem medo de errar, não há outro lugar no mundo melhor para morar.
Quem bebe a água desta cidade ou por acaso pisa este solo e fica alguns dias,
está “enfeitiçado”, vem o amor à primeira vista, não a deixa jamais, cria raízes
e passa a amá-la para sempre!
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