Porteiro à noite, Marco Antônio Evaristo aproveita o amigão Gaúcho e trabalha como carroceiro de dia
Todo mundo sempre deseja ganhar um pouquinho a mais e como não dá para contar com aumento de salário todo mês, muitos trabalhadores assalariados apostam0 em "bico" para dar aquela engordadinha no cofrinho. A dica dos especialistas para o trabalhador que quer complementar a renda é que ele aposte em alguma atividade, habilidade ou competência que seja do seu domínio ou que goste de fazer.
A consultora de Recursos Humanos da Admita RH em Londrina, Daiane Lucas, diz que a prática do "bico" é cada vez mais comum e pode ser bem interessante do ponto de vista financeiro. Porém, ela orienta que é muito importante a pessoa procurar alguma atividade que esteja de acordo com os objetivos traçados e que não comprometa o desempenho na ocupação com carteira assinada. Daiane observa ainda que o "bico" é uma atividade instável e que não garante benefício nenhum além da renda.
Dois anos atrás, para reforçar o caixa da família, o porteiro Marco Antônio Evaristo, 49 anos, decidiu ganhar um "extra" no tempo livre e aproveitando a paixão por cavalos. "Na cidade usava o cavalo para dar umas voltas, pescar, até que as pessoas começaram a perguntar se eu fazia serviço de frete", diz. De boca em boca, o porteiro acabou virando carroceiro fretista nas horas vagas. E anda sempre acompanhado por seu fiel ajudante Gaúcho, um cavalo de 10 anos e grande companheiro. "Gaúcho é sossegado, manso. Se eu falar a verdade para você, a tartaruga ganha dele", gargalha.
Evaristo afirma que o "bico" rende uma grana extra, mas também tem custos. Com a manutenção da carroça, por exemplo, ele gasta em média R$ 70 por mês só com a troca das ferraduras. "Como rodamos muito tem que ficar de olho nas rodas, porque o desgaste é natural e tem que circular com muito cuidado por causa dos buracos." (Walkiria Vieira/NOSSODIA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário