Atenção senhores prefeitos fiquem alertas e ataquem o mosquitinho que é terrível...
Guaratuba, Foz do Iguaçu (19), Maringá (18), Paranavaí (6), Santa Helena (1) e São Miguel do Iguaçu (2), ambos importados. Outros 11 municípios apresentam médio risco.
13/12/2013 | 00:01
Denise Paro/Gazeta do Povo
Às vésperas do verão, dez cidades paranaenses apresentam risco alto de proliferação do mosquito da dengue. Duas delas são turísticas: Foz do Iguaçu e Guaratuba. O alerta para evitar a doença, que já atingiu 186 pessoas no Estado este ano - uma incidência 41,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado - precisa ser reforçado a partir deste mês, quando começa o período mais propício para reprodução do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
De acordo com o mais recente Boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), este ano 4.770 casos suspeitos foram notificados, dos quais 205 foram confirmados e 2.225 estão em investigação. Dos confirmados, 186 são autóctones, ou seja, adquiridos no próprio Estado. No ano passado, na mesma semana epidemiológica, os casos autóctones chegaram a 131.
Apesar do quadro atual da dengue no Estado não ser de epidemia, o que significaria ter incidência superior a 300 casos por 100 mil habitantes, o alerta é necessário porque em 43 dos 399 municípios do Paraná houve pessoas com a doença. Em outras oito cidades, os registros são de casos importados.
Entre as dez cidades paranaenses com risco alto para a proliferação do mosquito da dengue, apenas quatro apresentam casos: Foz do Iguaçu (19), Maringá (18), Paranavaí (6), Santa Helena (1) e São Miguel do Iguaçu (2), ambos importados. Outros 11 municípios apresentam médio risco.
O pesquisador do Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) José Aquino explica que os municípios pesquisados apresentam temperaturas propícias à reprodução do mosquito. “Para o mosquito, as temperaturas na faixa de 20 a 35 graus aliadas a chuvas intermitentes, ou seja, dias com chuvas concentradas e dias sem chuvas, são considerados ambientes ótimos para a evolução e reprodução do mosquito.”
Embora o monitoramento mostre um panorama presente, as epidemias ocorrem meses depois. Um ambiente favorável à reprodução do mosquito agora vai gerar efeitos apenas após fevereiro, diz Aquino.
Incidência
A situação da dengue já é preocupante em algumas cidades paranaenses, principalmente em municípios pequenos do Oeste, Noroeste e Norte do Estado. O município com maior incidência da doença é Santo Antônio do Caiuá, seguido por Nova Londrina, Alvorada do Sul e Flórida.
A incidência no Estado é de 1,69 casos por 100 mil habitantes. O número é considerado baixo por ser menor que 100 casos por 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde.
O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Sezifredo Paz, diz que os municípios com maior risco estão sendo monitorados a partir da incidência e o índice de infestação predial. Quando o índice passa de 4% significa que o município está em risco de epidemia. Entre 1% e 3% o risco é de alerta e abaixo de 1%, seguro. “O problema é que dependendo das condições a infestação pode ir aumentando”, explica.
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