A mobilização contra a instalação dos superpostes em Londrina ganha outra frente de discussão. Os moradores, principalmente na zona oeste da cidade, estão preocupados com a mobilidade urbana nas vias por onde o novo sistema de energia elétrica vai passar. Pessoas com deficiência - visual ou física - reclamam da falta de espaço e das condições das calçadas por conta do projeto da Copel. O tema será pauta de um encontro nesta quinta-feira (5) entre diretores da empresa e o município.
Quem tem dificuldades de locomoção sabe dos problemas enfrentados diariamente para andar pela cidade. A insatisfação chegou até a Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação e também a assessoria especial da pessoa com deficiência da Prefeitura de Londrina.
"Houve reclamação de moradores, da zona oeste, principalmente do Bandeirantes, sobre a mobilidade. Fomos no local para averiguação e realmente alguns superpostes estão inviabilizando a passagem nas calçadas", comentou o assessor especial da pessoa com deficiência no município, Almir Escatambulo.
No entanto, o que também ficou constatado pelos técnicos da prefeitura foi a falta de compromisso na recuperação das calçadas, competência dos próprios moradores das residências do local. Os espaços hoje estão danificados, com rupturas no piso ou então buracos, podendo ocasionar em acidentes para quem anda a pé pela região. "É preciso levar essas duas questões para a discussão", comentou.
Inicialmente, o encontro estava previsto para ocorrer na última semana, foi reagendado para esta quarta-feira (4) e cancelado pela Copel. A expectativa é que na quinta a pauta do debate seja retomada. O projeto da colocação dos superpostes foi suspenso na Gleba Palhano, na zona sul de Londrina, após a reivindicação dos moradores do local. Tanto a prefeitura quanto os residentes da zona oeste questionam a falta de isonomia no tratamento dos bairros.
Além da discussão sobre a mobilidade, também é colocado em dúvida a implementação da rede em área urbana. Segundo os moradores, o projeto da forma como está sendo executado pode provocar danos a saúde e também afetar o meio ambiente e as áreas de lazer da cidade.
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