Assentamento “renasce” com 234 barracos em Londrina
Famílias que ocuparam o mesmo terreno onde ficava o Nossa Senhora
Aparecida vivem em situação precária; outra área, no Aquiles Stenghell,
tem 160 casebres
O extremo norte de Londrina voltou a exibir a marca da pobreza com 234 barracos de plástico, madeira e materiais improvisados. A ocupação da área, onde ficava o extinto Assentamento
Nossa Senhora Aparecida, é a primeira e a maior registrada neste ano na cidade. Outros
160 barracos estão erguidos no Conjunto Aquiles Stenghell, também na zona norte, desde
o fim de semana.
Aparecida vivem em situação precária; outra área, no Aquiles Stenghell,
tem 160 casebres
O extremo norte de Londrina voltou a exibir a marca da pobreza com 234 barracos de plástico, madeira e materiais improvisados. A ocupação da área, onde ficava o extinto Assentamento
Nossa Senhora Aparecida, é a primeira e a maior registrada neste ano na cidade. Outros
160 barracos estão erguidos no Conjunto Aquiles Stenghell, também na zona norte, desde
o fim de semana.
Entre 2000 e 2012, dezenas de famílias viveram no Assentamento Nossa Senhora Aparecida, até a remoção por projetos de habitação popular da Prefeitura. Agora, tudo volta a ser como antes: diariamente, mais casebres nascem, assim como as fossas cavadas em lotes demarcados pelos ocupantes.
Por volta das 16 horas de ontem, quando fazia muito calor, a água usada pelas famílias vinha de uma mangueira que passava perto das fossas. “Água é assim, ó”, disse Tonico, 33 anos, sem querer dar o sobrenome, enquanto apanhava um pouco do líquido com a mão, de um reservatório improvisado, para se refrescar. Sem sanitário, banheiro é qualquer lugar.
Deitados no chão, no meio da fumaça das queimadas para abrir o terreno, Nataly, 1 ano, e Jaimir, 4 meses, dormiam sem se dar conta do caos em volta. São netos de Neusa Ferreia, 38 anos, cujo marido morreu de câncer. “Não consigo mais pagar aluguel. Estou desempregada e queria um lugar para a família. Deveria ser um direito mínimo”, lamentou.
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