Esta lei de “olho por olho , dente por dente” faz com que se torna legal
fazer justiça com os próprias mãos. Só que agindo assim estaremos retrocedendo
à barbárie.
Quem é católico e foi à missa no
final de semana pode ouvir falar do verdadeiro amor e da justiça divina que é
contrária a violência.
Pode-se cometer um crime para punir outro? Os responsáveis por linchamentos ou pela
prática da punição pelas próprias mãos compartilham um sentimento em comum:
acreditam que a segurança pública e a Justiça são ineficazes. São pessoas que
se sobrepõem à clássica noção weberiana de que o Estado detém o monopólio do
uso legítimo da força. Esses "justiceiros", ao praticarem os
linchamentos, sejam físicos ou morais, buscam a efetivação do que consideram
justiça e retomada da ordem, mas se esquecem que eles mesmos se transformam em
foras da lei quando tomam para si a responsabilidade de julgar e
punir. Como foi a repercussão no Rio de Janeiro do episódio em que um
adolescente suspeito de praticar roubos e furtos foi espancado e amarrado nu a
um poste no Aterro do Flamengo?
Essas formas de linchamento ou de humilhação do outro são justificadas sob o argumento de que a Justiça não está funcionando. Há outras frases comuns no Brasil, como "a polícia prende e a Justiça solta", "os bandidos ficam impunes" ou coisas do gênero. Todo esse imaginário é acompanhado por um conjunto de argumentos para justificar o uso da violência, da humilhação e, portanto, o uso criminal da justiça com as próprias mãos. A pessoa abre mão de fazer justiça para que o Estado assuma esta função. Se uma pessoa acha que o Estado não está cumprindo o pacto, deve se dirigir a ele e buscar a solução no Estado e não retroagir ao passado, à barbárie e à violência pelas próprias mãos. A Lei de Talião, na época do Código de Hamurabi (1870 a.C.), na Babilônia, surgiu justamente para evitar que uma pena seja maior que o crime, não? Foi quando surgiu o "olho por olho, dente por dente". No caso do adolescente preso nu no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, a apresentadora Rachel Sheherazade, do SBT, afirmou que "a atitude dos vingadores é até compreensível". Segundo ela, o Estado é omisso, a polícia, desmoralizada, e a Justiça, falha. Será verdade?
Essas formas de linchamento ou de humilhação do outro são justificadas sob o argumento de que a Justiça não está funcionando. Há outras frases comuns no Brasil, como "a polícia prende e a Justiça solta", "os bandidos ficam impunes" ou coisas do gênero. Todo esse imaginário é acompanhado por um conjunto de argumentos para justificar o uso da violência, da humilhação e, portanto, o uso criminal da justiça com as próprias mãos. A pessoa abre mão de fazer justiça para que o Estado assuma esta função. Se uma pessoa acha que o Estado não está cumprindo o pacto, deve se dirigir a ele e buscar a solução no Estado e não retroagir ao passado, à barbárie e à violência pelas próprias mãos. A Lei de Talião, na época do Código de Hamurabi (1870 a.C.), na Babilônia, surgiu justamente para evitar que uma pena seja maior que o crime, não? Foi quando surgiu o "olho por olho, dente por dente". No caso do adolescente preso nu no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, a apresentadora Rachel Sheherazade, do SBT, afirmou que "a atitude dos vingadores é até compreensível". Segundo ela, o Estado é omisso, a polícia, desmoralizada, e a Justiça, falha. Será verdade?
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