terça-feira, 20 de maio de 2014

BLOG POLICIAL : CASO PESSEGHINI: POLÍCIA CONCLUI QUE O MENINO MATOU A FAMÍLIA EM SÃO PAULO



  
Do UOL, em São Paulo

 
Após mais de nove meses da morte de cinco pessoas da família Pesseghini, a Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito sobre os crimes ocorridos em 5 de agosto de 2013, na Brasilândia, na zona norte da capital.
O relatório final da investigação chefiada pelo delegado Charlie Wei Ming Wang aponta o estudante Marcelo Pesseghini, 13, como autor dos  assassinatos do pai, Luís Marcelo Pesseghini, 40, sargento da Rota (tropa de elite da Polícia Militar), a mãe, Andréia Bovo Pesseghini, 36, cabo da PM, a avó Benedita Bovo, 67, e a tia-avó Bernadete Bovo, 55.
Desde o dia seguinte ao dos crimes, a polícia já apresentava como principal linha de investigação a possibilidade de o menino ter matado a tiros a família e se suicidado em seguida. Parentes, porém, questionam essa hipótese.
O inquérito foi enviado na última sexta-feira (16) ao MP (Ministério Público), que recebeu os nove volumes, com mais de 2.000 páginas, nesta segunda-feira (19). O promotor de Justiça Daniel Tosta, do 2º  Tribunal do Júri de Santana, terá 15 dias para analisar o inquérito e decidir se requisita novas diligência à polícia ou pede arquivamento do caso. 
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), a investigação só foi encerrada agora porque a polícia estava à espera de esclarecimentos do IC (Instituto de Criminalística) sobre parecer médico-legal independente que contesta a tese da polícia.




Policial da Rota e família são mortos em chacina em São Paulo41 fotos

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5.ago.2013 - Em foto de rede social, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, sua mulher, Andréia Regina Bovo Pesseghini, e o filho deles, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, mortos em chacina na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo, nesta segunda-feira (5). Além dos três, a mãe e a tia de Andréia também foram encontradas mortas em outra casa que fica no mesmo quintal. A hipótese é que o garoto tenha atirado nos familiares e depois se suicidado .
O parecer cita que marcas na mão e no braço do menino seriam "lesões de defesa, indicativas que a criança, antes de ser executada, tentou defender-se". O documento afirma também que, pela posição que o corpo de Marcelo foi encontrado, é improvável que ele tenha se matado.
A advogada dos avós paternos do estudante, Roselle Soglio, classificou a conclusão da polícia como "aberração". "Não foram investigadas todas as linhas de possibilidades de quem teria praticado o crime. A única linha que foi investigada foi a de que Marcelo é culpado", afirmou a advogada.
Soglio informou que vai esperar o posicionamento do MP para avaliar se pede que seja realizada uma nova investigação. "Acredito que o Ministério Público não vai se satisfazer porque há muitas contradições no inquérito", disse.

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