Marcel Fernandes Filho é natural de Laguna, Sul de Santa Catarina.
Como ocorre muitas vezes durante a vida, uma coisa ruim aconteceu para dar lugar a uma nova vitória. O desktop de Marcel quebrou no ano de 2010. Revoltado, ele chegou a quebrar o monitor com um martelo. Sem dinheiro para comprar outro e viciado em bate-papo, passou a conversar pelo celular.
— Nunca tive paciência para digitar com calma. Quanto mais rápido, melhor — conta o recordista.
A empresa desenvolvedora de alguns teclados digitais para celular, a Flexy, promoveu concursos para os mais rápidos digitadores em smartphones. Marcel sempre ganhou. Foi indicado para o Guinness e enviado com todas as despesas pagas para Nova York, nos Estados Unidos, no final de abril deste ano.
— Eles mandaram antes um texto e pude treinar por duas semanas.
O catarinense concorreu sozinho. Tinha infinitas chances para bater o recorde, podia tentar quantas vezes quisesse. Era desistir ou tentar até conseguir. Não podia usar autocorretor, nem apagar partes erradas. A regra era digitar letra por letra, uma em sequência da outra, sem errar e, claro, muito rápido.
Marcel digitou o texto padrão de 160 letras em 18,19 segundos. O recorde anterior era 18.44 segundos, realizado pelo norte-americano Gaurav Sharma em 16 de janeiro deste ano. Duas câmeras gravaram o momento e uma juíza confirmou: Marcel era o novo vencedor.
— Não fiquei nervoso. Precisava estar muito concentrado. Foi muito legal ganhar — lembrou.
O prêmio era a viagem. Recebeu um diploma do Guinness World Records em papel, e foi só. Levou o título, em inglês The fastest time do type message (SMS) using a touch screen, e terá o nome no livro. É a prova viva de que todos nós podemos desenvolver as habilidades que nos convém.
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