Foi instalada nesta quarta-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) do Senado para investigar denúncias de irregularidades e má gestão
na Petrobras. Por aclamação, os senadores Vital do Rêgo (PMDB-PA) e
Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) foram eleitos presidente e
vice-presidente do colegiado respectivamente. O relator da CPI será o
senador José Pimentel (PT-CE).
Assim que tomou posse, Vital convocou para as 15h30min a primeira
reunião de trabalho da comissão, quando será votado o plano de trabalho
proposto pelo relator. Na reunião, também devem ser votados os primeiros
requerimentos da CPI, que tem prazo de 180 dias para apresentar o
relatório final.
— Não haverá perda de tempo, já que temos um calendário profundamente
recheado de eventos com obrigações do Congresso Nacional e com a
proximidade do recesso — disse Vital do Rêgo.
Dos 13 titulares que vão compor a comissão, 10 são da base de apoio
ao governo e só três pertencem ao bloco da minoria, que propôs a CPI.
Confiantes na instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) para investigar a estatal brasileira na semana que vem, apenas um
senador de oposição Cyro Miranda (PSDB-GO) participou da sessão.
— É importante tomarmos conhecimento de qual rumo e como o governo
vai conduzir os trabalhos aqui. Certamente o que for pautado aqui vai
ser pautado também na CPMI — disse o tucano, ressaltando que deve
participar apenas como observador já que, mesmo com os três senadores de
oposição presentes, seriam 10 contra três nas votações.
Cyro Miranda e o senadores Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Morais
(DEM-GO) foram designados na terça-feira para a comissão pelo presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para ocupar as três vagas da
oposição que, sob protesto, não indicou nomes à CPI do Senado.
Lúcia Vânia e Wilder Morais chegaram a pedir a substituição de seus
nomes. A recusa decorre da decisão da oposição de priorizar a CPI mista,
com participação de senadores e deputados.
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