Nana Queiroz, idealizadora da campanha 'Eu não mereço ser estuprada'
(Reprodução)
Luciano Huck se deu mal ao tentar reinventar o Namoro na TV, em uma versão que pretendia unir brasileiras aos turistas estrangeiros que invadem o Rio de Janeiro para a Copa do Mundo.
Pelo Twitter e no Facebook, o apresentador convocava cariocas solteiras
a enviar fotos para disputar um "gringo sob medida". A ideia encontrou
resistência entre os próprios fãs – inclusive um grande número de
homens. "Que incentivo, hein?", um usuário do Twitter provocou Huck na
rede social. "Mulher bonita é mercadoria televisiva?", questionou
outro.
A reação fez com que o apresentador apagasse as publicações. A amigos
próximos, ele se mostrou surpreso com a repercussão negativa de uma
ideia que, segundo suas palavras, "nada mais é do que o 'namoro na TV',
que existe há mais de 40 anos na televisão e ninguém critica".
No fim da tarde, a Rede Globo emitiu uma nota por meio de sua
assessoria de imprensa. O texto diz que Luciano Huck, assim como toda a
equipe de seu programa, "é contra qualquer tipo de violência e sempre
apoiou campanhas contra a exploração sexual de mulheres". Segundo a
emissora, a mensagem postada nas redes sociais "se refere a um quadro já
produzido outras vezes pelo 'Caldeirão' e, por outros programas com o
intuito de promover o encontro entre pessoas, sejam elas brasileiras ou
não. A nova edição do quadro é um projeto em estudo, que sequer está em
produção, assim como outras iniciativas internas do programa".
Em meio às péssimas repercussões, mulheres engajadas na luta contra a
exploração sexual aproveitaram o momento e fizeram o que era esperado:
manifestaram repúdio à "campanha" de Huck.
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