Pesquisadores detectaram algo misterioso no aglomerado da galáxia de
Perseu a 240 milhões de anos-luz da Terra. Os cientistas acham que os
raios X podem ter sido produzidos pela decomposição de neutrinos
estéreis, um tipo de partícula que tem sido proposto como candidato para
a matéria escura. A
descoberta foi feita pelo observatório Chandra, um telescópio espacial
enviado pela Nasa em 1999 com o objetivo de observar luz visível, raios
gama, raios X e infravermelho.
Mas o que será? Sinais obscuros no espaço, coisas desconhecidas
vistas através de telescópios enviados ao espaço. Talvez outro tipo de
vida? ETs?
Os astrônomos envolvidos no estudo acreditam que a matéria escura
pode constituir 85% da matéria do Universo, mas ela não emite nem
absorve luz, como fazem os nossos conhecidos prótons, nêutrons e
elétrons. Devido a isso, os cientistas precisam usar métodos indiretos
para procurar pistas sobre a matéria escura.
“Nós sabemos que a explicação para a matéria escura é apenas uma
hipótese, mas a recompensa será enorme se estivermos certos. Então nós
vamos continuar testando essa interpretação e ver onde isso nos levará”,
explica o líder do estudo, Esra Bulbul, do Centro de Astrofísica
Harvard-Smithsonian.
Os astrônomos dizem que mesmo que a matéria seja composta de neutrino
estéril, há uma possibilidade de não ser inteiramente feita disso. Uma
fonte de incerteza é que a detecção desta linha de emissão está
interferindo na sensibilidade do observatório.
“Nosso próximo passo é combinar dados de Chandra e um outro satélite
de raios X, o JAXA Suzaku. Unindo os dois, conseguiremos enxergar um
grande número de aglomerados de galáxias. Daí veremos se encontramos o
mesmo sinal de raios X”, disse o co-autor Adam Foster, também do CFA.
“Há um monte de ideias por aí sobre o que estes dados poderiam
representar. Com um novo tipo de detector de raios X, seremos capazes de
medir a linha com mais precisão”, completa Foster.
Via: NASA
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