A vida na roça é simples. Tudo é pequeno e dificil de ser alcançado. A roça é um lugar de muitos sonhos e poucas realizações.
A tarde chega com seu ar cansado querendo abraçar a noite e descansar um pouco nos seus braços. Pássaros retardatários buscam os seus ninhos onde querem com segurança passar a noite. Uma lua tímida e medrosa aparece no céu cercada de estrelas que piscam saudando a noite. É o fim de mais um dia de correria, de muita luta e de pouca poesia. Vida simples, pacata, mas cheia de nuances e sugestões.
Lá o tempo não passa... A esperança é depositada nas plantações que nunca rendem o esperado. Feijão, milho, café, mandioca, arroz... A terra recebe a semente enquanto a chuva cai e a faz germinar.
Vem o sol, e muita vezes castiga a planta e ela quase morre queimada e destruida pelos raios do sol. O lavrador luta, chora, ora e às vezes até se revolta, mas só Deus pode fazer a planta crescer e dar um bom resultado, uma boa colheita. O mato em volta da planta parece querer sufoca-la. É preciso urgente usar a enxada e capinar o mato que cresce depressa e ameaça a frágil plantinha. O lavrador faz a sua parte, enfrenta o sol inclemente e afasta definitivamente o perigo que rondava a planta. A lavoura agora está ficando bonita, daqui a pouco estará florida e mais tarde estará com frutos e depois poderá ser colhida e armazenada.
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